PARTE I
- DADOS BÁSICOS DO NÚCLEO DE PESQUISA E DO PROJETO
PARTE II - PROJETO DE PESQUISA
PARTE III - ANEXOS: SUBSÍDIOS
PARA AVALIAÇÃO DO NÚCLEO DE PESQUISA
ANEXO 1 - CURRÍCULOS DOS PESQUISADORES
QUE INTEGRAM O NÚCLEO DE PESQUISA, conforme modelo anexo (arquivo curricul.doc)
ANEXO 2 - RELAÇÃO DE
TODOS OS PROJETOS DE PESQUISA FINANCIADOS NOS ÚLTIMOS 3
ANOS: Coletivos ou individuais, já concluídos ou
em andamento, indicando vigência, agência de fomento,
recursos recebidos e por receber e resultados obtidos.
ANEXO 3 - CARTA COMPROMISSO DE TODAS
AS INSTITUIÇÕES ENVOLVIDAS oferecendo contrapartida
e garantia de apoio às atividades do Núcleo.
ANEXO 4 - CARTA COMPROMISSO FIRMADA
POR TODOS OS PESQUISADORES PRINCIPAIS
PARTE I - RESUMO DOS DADOS BÁSICOS DO NÚCLEO DE PESQUISA E DO PROJETO
DADOS PESSOAIS DO COORDENADOR DO NÚCLEO
DADOS SOBRE OS PESQUISADORES PRINCIPAIS DO NÚCLEO
DADOS DO NÚCLEO DE PESQUISA
DADOS DA INSTITUIÇÃO SEDE
DADOS DAS DEMAIS INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES
RESUMO DO PROJETO DE PESQUISA
Título do Projeto
Resumo
Orçamento Global, para 4 anos
PARTE II - ROTEIRO PARA APRESENTAÇÃO DO PROJETO
TÍTULO DO PROJETO
BREVE HISTÓRICO DO NÚCLEO, DESDE A SUA FORMAÇÃO
ESTADO-DA-ARTE E OBJETIVOS DO PROJETO
RESULTADOS ESPERADOS E SUA RELEVÂNCIA
ADEQUAÇÃO DA EQUIPE
Pesquisadores e técnicos
Estudantes
Pessoal recrutado
METODOLOGIA
TRANSFERÊNCIA DE RESULTADOS ESPERADOS PARA A SOCIEDADE
FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS
ATIVIDADES DE EXTENSÃO
INTERCÂMBIOS
a) Com outros núcleos/grupos/equipes/instituições, no país e no exterior
b) Aqueles que visam nuclear ou fortalecer grupos emergentes na área de atuação do núcleo.
PLANO DE METAS
| ORÇAMENTO GLOBAL | I | |||
| DISPÊNDIOS REALIZADOS | II | |||
| CRONOGRAMA FINANCEIRO | III | |||
| ORÇAMENTO DETALHADO | IV | |||
Nome completo (sem abreviações): Gerald Jean Francis Banon
Endereço do Coordenador do Núcleo:
Nome completo (sem abreviações): Waldir Renato Paradella
Endereço do Vice-coordenador do Núcleo:
| Gerald Jean Francis Banon | ||
| Alejandro Frery | ||
| Antônio Miguel Vieira Monteiro | ||
| Antonio Roberto Formaggio | ||
| Bernardo Friedrich Theodor Rudorff | ||
| Corina de Costa Freitas Yanasse | ||
| Dalton de Morisson Valeriano | ||
| Diógenes Salas Alves | ||
| Evlyn Márcia Leão de Moraes Novo | ||
| Fernando Pellon de Miranda | ||
| Getúlio Teixeira Batista | ||
| Gilberto Câmara Neto | ||
| João Vianei Soares | ||
| José Carlos Neves Epiphanio | ||
| José Hiroki Saito | ||
| Lênio Soares Galvão | ||
| Luciano Vieira Dutra | ||
| Marcio Luiz Vianna | ||
| Mario Valerio Filho | ||
| Nelson Delfino D'Ávila Mascarenhas | ||
| Raimundo Almeida Filho | ||
| Ricardo Cartaxo Modesto Souza | ||
| Sandra Aparecida Sandri | ||
| Thelma Krug | ||
| Ubirajara Moura de Freitas | ||
| Waldir Renato Paradella | ||
| Yosio Edemir Shimabukuro |
Sensoriamento
Remoto/Geociências
(INSTITUIÇÃO QUE SE RESPONSABILIZA
PELO NÚCLEO)
Nome completo (sem abreviações): INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS
Nome completo (sem abreviações): Universidadade Federal de São Carlos
Nome completo (sem abreviações): Universidade Federal de Pernambuco
Nome completo (sem abreviações): Universidade do Vale do Paraíba
SENSORIAMENTO REMOTO APLICADO AO LEVANTAMENTO E MONITORAMENTO DE RECURSOS NATURAIS E ESTUDOS GEOAMBIENTAIS: METODOLOGIAS, SISTEMAS E DIFUSÃO DO CONHECIMENTO
Resumo1. Caracterização do Campo de ConhecimentoDe modo abrangente, o Sensoriamento Remoto refere-se ao campo do conhecimento que usa a resposta da interação da radiação eletromagnética com alvos na superfície terreste, para a caracterização de propriedades e fenômenos naturais. Trata de informações do tipo comprimento de onda-intensidade de resposta, adquiridas por sistemas sensores, que medem a intensidade da radiação eletromagnética de alvos em faixas específicas do espectro eletromagnético. A energia eletromagnética interage com a matéria através de uma variedade de mecanismos os quais estão relacionados com a composição e a estrutura do alvo sendo investigado. Estes mecanismos modificam as características da radiação de tal forma que propriedades do alvo podem ser identificadas. Nesta conceituação, estariam excluídas as abordagens tradicionais de Geofísica, que tratam mais de interações de campos de força (gravimétrico, magnético, elétrico) do que da radiação eletromagnética com alvos na natureza. Historicamente, o Sensoriamento Remoto teve seu início na metade do século passado, com a invenção da fotografia e uma de suas principais aplicações foi no mapeamento topográfico. Todavia, somente na década de 50 é que o Sensoriamento Remoto assumiu o seu caráter mais moderno quando radares imageadores e "scanners" no visível e no infravermelho tornaram-se operacionais. Contudo, o grande marco nesta evolução ocorreu no início da década de 60, com o advento de sistemas sensores em plataformas espaciais, que forneceu o ímpeto necessário para a observação, monitoramento e estudo das superfícies e ambientes planetários (incluindo a Terra). A possibilidade atual de um acesso a dados de elevada resolução espacial e temporal, e com atributos sinópticos, tem permitido aplicações em temas diversificados nas Geociências, onde observações locais são colocadas em contextos regionais e globais de observação do planeta. A evolução das pesquisas e aplicações de Sensoriamento Remoto está ligada de forma indissolúvel às técnicas de interpretação utilizadas. De início, a maior parte das aplicações baseava-se na interpretação visual das imagens de satélite. Com a disponibilidade dos sistemas computacionais dedicados a partir de meados da década de 70, muitos estudos passaram a explorar as técnicas de processamento digital de imagens. A partir de meados dos anos 80, o advento da tecnologia de sistemas de informação geográfica (GIS) ofereceu ferramentas para integrar as imagens de sensores remotos com dados provenientes de outras fontes, como mapas temáticos (p.ex., mapas geomorfológicos, geológicos, de vegetação, de solos, etc.) e modelos numéricos de terreno (p.ex., altimetria, dados de geofísica). Através das ferramentas disponíveis em sistemas GIS, é possível produzir agrupar, unificar e integrar a informação especial, e tornando-a disponível de uma forma quem ninguém teve acesso anteriormente, e colocar informação antiga num novo contexto. Mais recentemente, a partir do início dos anos 90, com a tomada de consciência dos impactos globais da ação do homem, as imagens de sensoriamento remoto também vem sendo utilizadas como dados fundamentais para auxiliar a compreensão dos processos de dinâmica de uso e cobertura do solo. 2. Foco de Atuação do NúcleoA enorme dimensão territorial do Brasil, sua expansão populacional, a crescente demanda por recursos naturais renováveis e não-renováveis, a escassez crônica de recursos financeiros e a cada vez maior importância da preservação ambiental, impõem que novos modelos de planejamento da exploração e da gestão de recursos naturais sejam concebidos e implementados. O Brasil enfrenta um grande número de situações ambientais críticas. Estes problemas incluem, entre outros, a poluição causada por grandes complexos industriais, o assoreamento de rios, a erosão em zonas costeiras, o desflorestamento e queimadas na Amazônia, a poluição causada por projetos de mineração e garimpo, o avanço mal-planejado da fronteira agrícola e a poluição do ar e água nos grandes centros urbanos. Estes fenômenos, resultante do impacto das atividades humanas sobre o meio bio-geo-físico, são geralmente localizáveis no espaço e no tempo. Assim, as técnicas de Sensoriamento Remoto podem fornecer uma contribuição significativa, principalmente se combinadas com as ferramentas do Geoprocessamento, pois apresentam características singulares e complementares:
Após 24 anos de atuação na área de Sensoriamento Remoto, o Brasil dispõe de um acervo considerável de dados no espectro óptico (Programas dos Satélites Landsat, SPOT e satélites da série NOAA e Nimbus 7) e nas microondas (satélites ERS-1, ERS-2, JERS-1 e RADARSAT-1, Geosat, Topex/Poseidon), de avanços tecnológicos na aquisição e processamento de dados geoambientais. Neste contexto, o foco de atuação do Grupo de Sensoriamento Remoto está bem delimitado: "Contribuir para tornar o Sensoriamento Remoto cada vez mais eficaz no levantamento, monitoramento e preservação dos recursos naturais do Brasil e na compreensão de nosso ambiente e sua evolução, de pequenas a grandes escalas." 3. Articulação das Pesquisas PropostasO Brasil vive um processo de grande crescimento do interesse de empresas e instituições (públicas e privadas) com as áreas de Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento. Mais de 150 Laboratórios de Sensoriamento Remoto estão instalados no País e atividades fundamentais para nossa sociedade (como os processos de desflorestamento da Amazônia, detecção de focos de queimadas e determinação de propriedades rurais improdutivas), passaram a depender operacionalmente das imagens de satélite. Adicionalmente, o país prepara-se para o lançamento de seus próprios satélites de Sensoriamento Remoto (Programas CBERS e SSR). Internacionalmente, novos sensores estarão disponíveis a curto prazo, explorando regiões particulares do espectro eletromagnético (microondas, infravermelho termal) ou integrando porções contínuas do espectro óptico (sensores hiperespectrais). Neste cenário de grande dinamismo, é fundamental que o País aporte recursos na aglutinação e manutenção de um Núcleo de Excelência em Sensoriamento Remoto, que tenha competência científica para desenvolver pesquisa no estado-da-arte, e que possa estar em permanente interação com os usuários desta tecnologia, para que o seu potencial seja explorado. Desta forma, a máxima informação coletada sobre o território nacional será convenientemente extraída dos sensores e seu significado adequadamente compreendido e transferido para usuários de agencias governamentais e privada nacionais, em tempo hábil. A manutenção deste status de excelência das atividades do Núcleo inclue a implementação de um conjunto de iniciativas:
4. Avanços Científicos e Tecnológicos Previstos
Como resultado dos estudos e pesquisas a ser realizadas pelo Núcleo, espera-se dispor, no final do projeto, de um significativo corpo de conhecimento sobre os novos desafios da área de Sensoriamento Remoto, incluindo:
5. Adequação da Equipe para a Realização do ProjetoApesar das dificuldades por que o país tem passado, o Brasil, através do núcleo implantado no INPE no início da década de 70, tem consolidado uma tradição em Sensoriamento Remoto, reconhecida no âmbito nacional e internacional. Isto inclue o ciclo completo de maturidade em abordagem de Sensoriamento Remoto:
O Núcleo de Sensoriamento Remoto do INPE atua de modo abrangente e integrado desde a Pesquisa mais básica em SER (Espectroradiometria de Comportamento Espectral de Alvos Naturais e Avaliação de Sistemas Sensores), a Pesquisa Aplicada (Desenvolvimento de Metodologias no Levantamento de Recursos Naturais Renováveis e Não-Renováveis e Estudos de Impactos Ambientais) e Pesquisa Tecnológica (Processamento de Imagens Digitais e Geoprocessamento). Uma das razões do modelo de sucesso do Núcleo foi o de conseguir aglutinar em um só ambiente, um conjunto de profissionais de formação diversificada (agrônomos, engenheiros florestais, geólogos, geógrafos, oceanógrafos, engenheiros de computação, físicos, etc.) e de elevada qualificação (quarenta doutores, sendo onze com Bolsas de Produtividade em Pesquisa do CNPq e quinze tecnologistas senior, com grande experiência na área tecnológica). |
(todas as fontes de financiamento):
R$ 1.000,00
| Custeio | |||
| Capital | |||
| Total |
| SENSORIAMENTO REMOTO APLICADO AO LEVANTAMENTO E MONITORAMENTO DE RECURSOS NATURAIS E ESTUDOS GEOAMBIENTAIS: METODOLOGIAS, SISTEMAS E DIFUSÃO DO CONHECIMENTO |
1. Visão GeralO Brasil, como um país de dimensões continentais, tem um grande número de desafios relacionados ao levantamento, ao uso e à gestão de seus recursos naturais renováveis e não-renováveis. Estes desafios incluem os processos do desflorestamento e de exploração mineral na Amazônia, a expansão da fronteira agrícola e o gerenciamento de recursos hídricos e hidrogeológicos. Ciente da possibilidade de utilizar a tecnologia espacial para auxiliar e subsidiar a tomada de decisões sobre projetos que envolviam nossos recursos naturais, o INPE vem desenvolvendo atividades de Sensoriamento Remoto desde o início da década de 70. Nestes 25 anos de existência, o Programa de Sensoriamento Remoto do INPE cresceu, foi consolidado e atingiu hoje um estágio de estabilidade e maturidade na pesquisa aplicada e tecnológica. Suas atividades tem sido orientadas, segundo quatro eixos principais:
Cabe salientar que o Programa de Mestrado em SER tem exercido um papel fundamental no desenvolvimento das atividades do Núcleo, servindo de ambiente gerador, renovador e catalisador para o aprimoramento do espírito científico crítico. O Curso tem sido a principal mola propulsora de pesquisa em Sensoriamento Remoto e a principal fonte de profissionais qualificados na área no Brasil, tendo formado mais de 150 mestres em 20 anos, e sendo consistentemente avaliado como padrão A pela CAPES. A seguir, é apresentada uma visão retrospectiva das principais atividades em Sensoriamento Remoto no INPE nos últimos 24 anos, divididas em quatro períodos: Fase pioneira ou montagem da infra-estrutura (1972-1978), Projetos de aplicação (1978-1984), Ação nacional e laboratórios associados (1984-1990), Novos sensores e atualização tecnológica (1990-1996). 2. A fase pioneira ou de montagem de infra-estrutura (1972-1978)As primeiras iniciativas para a implantação de um programa espacial nacional foram tomadas pelo governo brasileiro ainda em 1961. Isto foi feito através da constituição de um grupo conhecido como CNAE (Comissão Nacional de Atividades Espaciais). A nova entidade, ligada ao CNPq, tinha como objetivo principal o estudo de atividades espaciais, não apenas através do ponto de vista científico, mas também visando fornecer importante contribuição para o desenvolvimento tecnológico nacional. Por decreto presidencial (número 68.532 de 22 de abril de 1972) a CNAE foi transformada em uma instituição permanente: o INPE. De acordo com esse decreto, o INPE é a principal agência civil nacional para pesquisa espacial, incluindo a parte aplicada e a básica. Desde a sua criação, o Sensoriamento Remoto tem sido uma das áreas mais prioritárias de atuação do INPE. A concepção do programa de Sensoriamento Remoto no INPE, o Projeto SERE, teve uma forte influência da NASA. O início de cooperação entre as duas agências neste campo data de 1968, através de um Memorando de Entendimento que, posteriomente prorrogado até Dezembro de 1972, objetivou o recebimento e avaliação de dados do ERTS-1 em diferentes aplicações (geologia, agricultura, oceanografia e geografia), treinamento de pessoal e transferência de tecnologia (software) no uso de imagens de satélite. Através das atividades de pesquisa no Projeto SERE foi viabilizada a implantação do Curso de Mestrado em SER (final de 1972), da Estação de Recepção de Imagens em Cuiabá (abril de 1973) e do Centro de Processamento de Imagens em Cachoeira Paulista (Setembro de 1974). As atividades de pesquisa no Projeto SERE foram iniciadas, de modo sistemático, a partir de Janeiro de 1973, com a contratação de especialistas, em diferentes áreas de aplicações, para desenvolver atividades de pesquisa e que estavam envolvidos em programas de formação acadêmica (Mestrado SER) no INPE. Em síntese, o estabelecimento de um Núcleo de Pesquisa em Sensoriamento Remoto no INPE teve como marcos iniciais:
A motivação inicial do estabelecimento de competência científica em Sensoriamento Remoto no INPE era a de assegurar o bom uso das imagens de satelite recebidas pelo instituto. Os trabalhos realizados procuravam demonstrar a utilização da nova tecnologia em suas variadas aplicações. Deste período merecem menções os trabalhos de pesquisa em grande parte fruto de Tese e Dissertações de Mestrado (Amaral 1974; Nosseir et al. 1975, Tardin et al. 1975; Almeida Filho e Paradella, 1976; Tseng et al. 1977; Meirelles et al. 1978; entre outros). 3. Projetos de aplicação (1978-1984)Concluída a montagem da infra-estrutura, a equipe do INPE passou a desenvolver projetos próprios e de parcerias com orgãos no setor público e privado, para produzir resultados de relevância prática. Entre os projetos do período, pode-se destacar:
4. Ação Nacional e Laboratórios Associados (1984-1990)4.1 Pesquisa , Desenvolvimento de Metodologias e AplicaçãoEste período assistiu a uma grande disseminação do setor usuário e de serviços de SR no Brasil, com o estabelecimento do Programa de Laboratórios Associados de Sensoriamento Remoto. É nesta fase que foram realizados dezenas de projetos de aplicações, em convênio com grande número de instituições no País, podendo ser citados, entre outros:
Em termos de Pesquisa Aplicada um marco relevante no período foi a aprovação de duas propostas do INPE por mérito científico (julgamento em bases competitivas) no PEPS (Programme D'Evaluation Des Produits SPOT) pela CNES (França). Lançado em 1986, o satélite SPOT-1 operando no espectro óptico, trouxe como inovação sua elevada resolução espacial (10 metros no módulo pancromático e 20 metros no multiespectral) e a visada "off-nadir" possibilitando aquisição de dados com estereoscopia orbital. As propostas aprovadas estiveram voltadas para avaliação do SPOT-1 em aplicação geológica no Vale do Rio Curaça, Bahia (Paradella et al. 1987) e agrícola no NE do Paraná (Batista et al. 1987). 4.2 Sistemas de Processamento de Imagens e GeoprocessamentoInternacionalmente, a década de 80 representa o momento quando a tecnologia de sistemas de informação geográfica (SIG) inicia um período de acelerado crescimento que dura até os dias de hoje (Goodchild, 1991). Até então limitados pelo alto custo do hardware e pela pouca quantidade de pesquisa específica sobre o tema, os SIG se beneficiaram grandemente da massificação causada pelos avanços da microinformática e do estabelecimento de centros de estudos sobre o assunto. Nos EUA, a criação dos centros de pesquisa que formam o NCGIA - National Centre for Geographical Information and Analysis (NCGIA, 1989) marca o estabelecimento do Geoprocessamento como disciplina científica independente. No INPE, os trabalhos de pesquisa e desenvolvimento de sistemas de informação geográfica foram iniciados no mesmo período do "GIS boom" nos EUA (Câmara et al., 1983). A implantação de tecnologia de Geoprocessamento no Brasil ocorreu porque o INPE conseguiu aproveitar a janela de oportunidade coincidente com o período da reserva de mercado e com o aparecimento da tecnologia de micro-computadores. Os principais resultados de pesquisa tecnológica do período foram o SITIM (Sistema de Tratamento de Imagens) e o SGI (Sistema de Informações Geográficas), para ambiente PC/DOS, com um investimento de mais de 100 homens-ano e 250.000 linhas de código (Souza et al., 1990; Erthal et al., 1986). Estes sistemas compõem a maior base instalada no Brasil para Geoprocessamento. Foram ainda desenvolvidos dispositivos gráficos e interfaces de leitura de fita para permitir a utilização de micro-computadores padrão IBM/PC em aplicações de processamento de imagens e geoprocessamento. O uso de técnicas de Geoprocessamento permite realizar análises integradas que combinam imagens de satélite, mapas temáticos e modelos numéricos de terreno e resultou na ampliação do escopo de atuação dos especialistas em Sensoriamento Remoto. Neste contexto, a implantação dos sistemas SITIM/SGI em mais de 100 Laboratórios Regionais foi uma importante contribuição do INPE para aculturar os usuários de todo o País. Uma quantidade significativa de estudos ambientais no Brasil foi realizada com base nos sistemas SITIM/SGI. Para citar alguns exemplos: Assad e Sano (1993) apresentam resultados na área agrícola; Almeida Filho (1995) na área de prospecção mineral. Deve ser ainda mencionado que os projetos de monitoramento de desflorestamento na Amazônia (PRODES) e de mapeamento de remanescentes florestais da Mata Atlântica realizado pela ONG SOS Mata Atlântica, também foram realizados utilizando esses sistemas. 5. Novos sensores e atualização tecnológica (1990-1996)Este cenário é marcado pelo advento dos novos sensores orbitais nas microondas (radares imageadores) e pelo estabelecimento da "Mission to Planet Earth" da NASA, na qual o INPE tem participação De modo a gerenciar adequadamente as atividades de pesquisa aplicada e tecnológica, quatro grandes programas foram implementados no Núcleo:
A seguir são apresentados, sucintamente, detalhes destes programas. 5.1 Programa de MicroondasO Programa de Microondas foi criado antevendo a grande disponibilidade de dados de radar orbital prevista para a década de 90. Apesar do país contar com um recobrimento valioso de radar pelo Projeto RADAMBRASIL, a cultura na extração de informações com os novos radares imageadores orbitais, agora digitais, ainda é muito incipiente. Discussões sobre o desempenho destes sensores em aplicações, com enfoque sobre as novas características, parâmetros de importância de alvos naturais (rochas, solos, vegetação, água) na interação com as microondas e ainda o processamento digital específico são escassas na literatura, particularmente para ambientes tropicais. Hoje imagens orbitais de radar estão disponíveis para o território nacional através dos Programas ERS-1 e ERS-2 (Comunidade Européia), JERS-1 (Japão) e RADARSAT-1 (Canadá). Como marcos relevantes do Programa de Microondas devem ser citados o SAREX'92, o SIR-C e o ADRO. O SAREX '92 (South American Radar Experiment) foi um grande experimento conduzido pela ESA (European Space Agency) e pelo CCRS (Canada Centre for Remote Sensing), para aquisição de dados de radar por aeronave. Seis países foram imageados em suas florestas tropicais úmidas: Brasil, Costa Rica, Colômbia, Guiana, Guiana Francesa e Venezuela . A campanha foi realizada em abril de 1992, quando foram coletados dados de radar na banda C, de elevada resolução, multipolarização e geometria de imageamento variada. O principal objetivo do SAREX foi adquirir imagens que serviriam de base para gerar conhecimento na extração de informações de alvos tropicais com radares aerotransportados e orbitais (simulação do ERS-2 e RADARSAT-1). Foram selecionadas áreas na Amazônia com diversidades fisiográficas e distintas aplicações: Carajás-PA (mapeamento geológico, prospecção mineral e geobotânica), Tucuruí-PA (Estudos de Impacto Ambiental de Grande Reservatório), Lago Grande de Monte Alegre-PA (Monitoramento de Planície de Inundação), Floresta Nacional de Tapajós-PA (Inventário Florestal) e Rio Branco/Sena Madureira-AC (Uso da Terra e Geomorfologia). A pesquisa contou com a participação da Docegeo, Ibama, Eletronorte e Funtac. Resultados sobre o SAREX'92 podem ser vistos e, ESA (1993). A experiência obtida com o SAREX foi importante para a proposta de avaliação do RADARSAT-1 pelo INPE no Programa ADRO (RADARSAT Application Development and Research Opportunity), lançado no final de 1994 pela CSA (Agência Espacial Canadense) e NASA. A proposta do INPE foi aprovada em bases competitivas (mais de 500 propostas foram submetidas) em Dezembro de 1995 e objetiva avaliar o RADARSAT-1 em comparação com o ERS-2 e JERS-1 de 7 áreas na Amazônia, sob diferentes temas de aplicações. Sob a coordenação do INPE, participarão diretamente da investigação a CPRM, Docegeo, CVRD, Funtac, UFAC, Cena/USP, Eletronorte, Ibama e CENPES-PETROBRAS. Detalhes sobre o ADRO podem ser vistos em Paradella et al. (1996). Em 1995, o radar banda L do satélite japonês JERS-1 foi usado em campanhas dedicadas a Amazônia para aquisição de imagens de toda a região, que estão sendo neste momento processadas para constituir o primeiro mosaico digital em banda L daquela região. Trata-se de um projeto NASA/JPL-NASDA com suporte do INPE, através de seus projetos de pesquisa voltados à região amazônica, como o EOS/MTPE. O INPE também vem participando ativamente da missão SIR-C/X-SAR (Shuttle Imaging Radar) que correspondeu a um programa internacional da NASA de aquisição de dados de radar do planeta, a bordo do Ônibus Espacial. Trata-se do mais completo conjunto de configurações de sistema de radar (3 frequências, 4 polarizações, vários ângulos de incidência), para otimização de configuração para as mais diversas aplicações, com vistas a definição de sistemas operacionais no futuro. Duas áreas-testes foram escolhidas na proposta do INPE aprovada pela NASA: Bebedouro (Pe), em estudos de irrigação e de culturas e Manaus (AM), no estudo de inventário de floresta tropical úmida. Os dados do SIR-C estão em fase de análise e os primeiros resultados da investigação foram publicados em Soares et al. (1996), Yanasse et al. (1996) e Saatchi et al. (1996).
Finalmente cabe salientar que também foram realizados estudos visando a caracterização estatística de imagens SAR (Yanasse, 1991; Frery, 1993; Yanasse et al., 1994). Com base nestes estudos, foi possível mostrar quais distribuições estatísticas melhor se adequam aos dados SAR (Frery et al., 1996) e desenvolvidos novos classificadores para imagens SAR, que apresentam melhores resultados do que a classificadores tradicionais, baseados em processamento ponto-a-ponto e na hipótese de distribuições gaussianas (Vieira, 1996). 5.2 Programa de Monitoramento de Ecossistemas da Amazônia
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ESTADO-DA-ARTE E OBJETIVOS DO PROJETO
1. Estado da ArteNo cenário internacional, os mais importantes vetores de mudança na área de Sensoriamento Remoto são: · a disponibilidade de uma nova geração de sistemas sensores orbitais e aerotransportados, que inclui: as primeiras plataformas orbitais de imageamento por microondas, ERS-1 (1992), JERS-1 (1992), ERS-2 (1995) e RADARSAT (1996); sensores aerotransportados com características hiperespectrais (AVIRIS, 256 bandas); missões do "Space Shuttle" com sensores radar multi-banda, multi-polarização (SIR-C) e uma nova geração de sensores ópticos (LANDSAT-7). · a dedicação sistemática de esforços para o melhor conhecimento do funcionamento da Terra como um sistema; esses esforços tem-se refletido na concepção de novas famílias de satélites para a observação da Terra e, em particular, do EOS/MTPE (Earth Observation System/Mission to Planet Earth) (Asrar and Dozier, 1994). · A grande ênfase no uso de processos qualitativos de estudos de processos ambientais, o que engrendra um grande número de estudos na área de Modelagem Ambiental (Goodchild et al., 1993). · O vigoroso impulso tecnológico para desenvolvimento e aprimoramento de sistemas de informação geográfica e grandes bancos de dados espaciais (Goodchild, 1991). Com a crescente difusão da Internet, a comunidade vem desenvolvendo ferramentas que permitam o fácil acesso (local ou remoto) à informação espacial (Townshend, 1991; Clark et al., 1991; Tateishi, 1993). · O crescente número de trabalhos que visam aplicar as técnicas de Morfologia Matemática a problemas de Sensoriamento Remoto (Flouzat, 1989; Ansoult and Soille, 1990). No Brasil, os principais fatores de motivação interna incluem: · O programa espacial brasileiro. Até o final da década, o Brasil passará a contar com satélites próprios de observação da terra, incluindo o satélite CBERS, que conta com 4 bandas espectrais ópticas (entre 0.4 e 1.1 m) e uma pancromática com 20 m de resolução, 4 bandas espectrais (incluindo duas no infra-vermelho médio) com 80 m de resolução. O CBERS terá capacidade de revisita semelhante ao SPOT (cerca de 30 dias). O Brasil também está construindo o SSR-1, um satélite com órbita equatorial, duas bandas espectrais nas faixas visível e termal com resolução de 250 m. · A necessidade do País manter um constante acompanhamento sobre os processos dinâmicos de ação antrópica nas diferentes biomassas brasileiras, com ênfase especial para a Amazônia. · O interesse do Governo Brasileiro em estabelecer políticas de gestão do território que busquem um equilíbrio entre a preservação do meio-ambiente e o crescimento econômico, dentro do conceito de "desenvolvimento sustentável". Um dos aspectos desta política é o programa de Zoneamento Ecológico-Econômico. · A demanda crescente pela utilização de Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento em aplicações nas áreas de Agricultura e Floresta, que inclui: Previsão de Safras, Mapeamento de Processos Erosivos e Mapeamento da Cobertura Vegetal para manejo de recursos naturais e conservação da biodiversidade. · A grande demanda por metodologias de uso de Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento por parte de empresas envolvidas em Programas de mapeamento geológico básico (CPRM-DNPM), pesquisa mineral (incluindo carvão, gás e hidrocarbonetos, recursos hídricos e hidrogeológicos e áreas de riscos geológicos). · A crescente demanda por sistemas de informação geográfica e de processamento de imagens acessíveis, de fácil utilização e que incorporem os mais recentes avanços na área. Estas diferentes motivações serão discutidas a seguir, com ênfase nos problemas do estado-da-arte. 1.1 Novas Gerações de Sensores (Ambiente Continental)1.1.1 Radares ImageadoresA utilização de Imagens de Radar representa uma das novas fronteiras na área de Sensoriamento Remoto. Enquanto em sensoriamento remoto por sensores ópticos, os dados recebidos representam o resultado da reflexão dos raios solares na superfície terrestre, no sensoriamento remoto por radar de abertura sintética, a imagem é formada pelo retroespalhamento pela superfície de pulsos de microondas emitidos pelo sistema imageador a bordo de satélite ou aeronave. Para que esses dados sejam representados como imagens, necessitam de várias etapas de processamento. Dentre as principais vantagens do uso de sensores de radar-imagem podem ser mencionadas:
A década de 90 apresentou um desenvolvimento vertiginoso na tecnologia com radares imageadores. O ALMAZ-1 (Rússia) e o ERS-1 (Comunidade Européia) ambos lançados em 1991 foram os precursores neste sentido. O ALMAZ-1 operou por pouco tempo, enquanto que o ERS-1, concebido para aplicações oceânicas não teve muito impacto em aplicações em recursos terrestres devido ao seu baixo ângulo de incidência (23 graus). O ERS-2 foi lançado em 1995 com um SAR na mesma banda-polarização C-VV do anterior só que com a possiblidade de ângulos de incidência dual (23 e 35 graus). Cabe mencionar que um grande potencial dos dados do SIR-C/X-SAR, experimento conjunto da NASA e da ESA, que foi ao espaço no Endeavour por duas vezes durante 1994. Os dados obtidos de alta resolução espacial, nas bandas X, C e L e quadri-polarizados, foram coletados de algumas áreas do nacional e serão analisados no INPE. Existem planos na NASA de tornar o SIR-C-X-SAR operacional por um período de 2 a 3 anos. Do ponto de vista de recursos terrestres, o grande avanço ocorreu com o lançamento do satélite japonês JERS-1 em 1992, com um SAR na banda-polarização L-HH e 35 graus de ângulo de incidência. A análise dos dados JERS-1 em aplicações na Região Amazônica mostrou o enorme potencial destes dados, particularmente quando integrados com dados ópticos e aerogeofísicos (Paradella et al 1996). Em novembro de 1995, começaram a ser adquiridas imagens do satélite canadense RADARSAT-1, que apresenta como grande inovação a versatilidade de se poder modificar os parâmetros do sistema ângulo de incidência, resolução espacial e área imageada dependendo do tipo de aplicação. Assim, abordagens regionais podem ser conduzidos em área imageada de até 500 x 500 km, com resolução de 100 x 100 metros e estudos de detalhe podem ser realizados em área de 45 x 45 km e resolução de 9 x 11 metros. Além disso, o RADARSAT-1 possibilita a obtenção de dados com visada estereoscópica, que ampliará em muito, as possibilidades de seu uso no levantamento e monitoramento de recursos naturais. Resultados de aplicações de dados SAR C-HH e C-VV, obtidos por aeronave e sob geometria de aquisição similar às orbitas do ERS-1 e RADARSAT-1, foram publicados recentemente dentro do Experimento SAREX '92 e podem ser vistos na publicação da ESA sobre o Experimento (ESA 1993). Cabe ainda salientar que a disponibilidade de imageamentos do RADARSAT-1 com várias geometrias de visada trará, sem dúvida, um novo ímpeto em abordagens fotointerpretativas. Em adição às análises monoscópicas, a possibilidade de estereoscopia ampliará a gama de opções do fotointérprete. Dependendo da órbita (ascendente ou descendente), visada para oeste (imageamento normal) ou para leste (modo de aquisição Antártico), diferentes direções de visada são possíveis com o RADARSAT-1. Da mesma forma, distintas condições de estereoscopia orbital ocorrem: visadas opostas obliquas (órbitas ascendentes e descendentes), visadas opostas (combinação de órbitas paralelas ascendentes ou descendentes, no modo normal com o modo Antártico) e visadas na mesma direção com variações de ângulos de incidência. Diferentemente do imageamento óptico, visadas opostas tendem a apresentar maiores áreas de sombreamentos (opostos). Todas estas características são inovadoras e deverão ser temas de pesquisa pelos geocientistas envolvidos com o levantamento de recursos naturais, particularmente os geólogos e geomorfólogos, que dependem em muito do realce da topografia para suas abordagens com sensores remotos (discriminação de rochas e seus produtos de alteração, mapeamentos de estruturas e formas do relevo, etc.). 1.1.2 Sensores HiperespectraisO conceito hiperespectral consiste na obtenção de dados em bandas estreitas modelando um espectro contínuo. Os sensores hiperespectrais constituem-se num excelente meio de fazer pesquisas em que a dependência de bandas espectrais finas e especialmente localizadas no espectro podem trazer informações sobre constituintes físico-químico, mineralógicos, biofísicos, etc. de uma gama de alvos. O primeiro sensor neste conceito foi o AIS (Airborne Imaging Spectrometer), projetado pela NASA em 1982 e que apresentava 128 bandas contíguas no espectro visível e infra-vermehlo próximo e médio. Este projeto foi substituído pelo AVIRIS (Airborne Visible and Infrared Imaging Spectrometer), com 224 bandas espectrais, no intervalo de 0,4 a 2,5 microns. Resultados de aplicação em pesquisa mineral com dados do AVIRIS podem ser vistos em Kruse (1996). Além do AVIRIS, atualmente vários sistemas em aeronave estão em operação em projetos de mapeamento geológico e de mapeamento de áreas com minerais de alteração em prospecção mineral: Itres CASI (15-30 bandas), GEOSCAN (14 bandas), DAIS (63 bandas), CCRS SFSI (22-115) e o HYDICE (210 bandas). Resultados preliminares com o uso de dados do GEOSCAN em prospeção de ouro na Bahia podem ser vistos em Crósta et al. (1996). A transição da abordagem multiespectral para a hiperespectral defronta com dois grandes desafios: (a) a necessidade de modelos radiométricos de campo que permitam dirigir a seleção das melhores bandas e (b) o tratamento da quantidade de dados, onde técnicas específicas de extração da informação estão em desenvolvimento, como por exemplo a CEM (Constrained Energy Minimization), a SMA (Spectral Mixing Analysis) e PCA (Principal Component Analysis). De qualquer modo, um grande esforço deverá ser concentrado, em pesquisa neste campo (in situ), particularmente para os diferentes ambientes tropicais. Isto é premente, tendo-se como base os sensores orbitais hiperespectrais planejados, como o ASTER. O ASTER (Advanced Spaceborne Thermal Emission and Reflection Radiometer) é um radiômetro imageador com 14 bandas e 15 a 90 metros de resolução espacial concebido pelo Japão e que deverá ser incluído na plataforma EOS AM-1 da NASA com lançamento em 1998. 1.1.3 Sensores ÓpticosO sensoriamento remoto teve sua origem e sua história muito baseadas nos sensores ópticos, tendo nas câmeras fotográficas o principal instrumento dessa primeira geração. Com o advento da era espacial, novos sensores foram sendo desenvolvido, notadamente os sensores de varredura, scanners, com a conseqüente substituição dos filmes fotográficos por detectores. Assim, pode-se traçar um desenvolvimento do sensoriamento remoto em paralelo com o desenvolvimento tecnológico de detectores e de sistemas de medição. A segunda geração de sensores ópticos, muito baseada em scanners e sensores de televisão proporcionou a possibilidade de os dados serem coletados à distância e serem enviados a uma estação terrena por meio de comunicação eletromagnética ou, mais especificamente, por ondas de rádio em bandas apropriadas. Devido às dificuldades de calibração radiométrica os sensores de televisão cederam lugar aos sensores baseados em tecnologia scanner e, posteriormente, CCD (charge couple device). Os satélites da série Landsat, principal instrumento de coleta de dados de sensoriamento remoto, com seu sistema scanner, tiveram duas gerações. A primeira, utilizada nos satélites LANDSAT 1, 2 e 3, com resoluções espacial de 80 m e espectral de 4 bandas, foi a chave para a expansão do sensoriamento remoto e a demonstração de que o sensoriamento remoto espacial tinha amplas possibilidades de aplicação. A segunda geração da série Landsat (satélites 4 e 5) incluiu o instrumento Thematic Mapper, que imageia com varredura mecânica e possui resoluções espacial de 30 m e espectral de 6 bandas e mais uma banda no infra-vermelho termal. Em 1986, foi lançado o satélite Francês SPOT, com tecnologia CCD, de varredura eletrônica. O sensor desse satélite, embora cobrindo uma faixa espectral menor do que o TM/Landsat e com apenas 3 bandas espectrais, possui resolução espacial de 20 e 10 m nos modos multispectral e pancromático, respectivamente. O SPOT foi um marco no sentido do desenvolvimento da tecnologia CCD. A grande limitação, porém, era a faixa espectral coberta, que cobria apenas os espectros visível e infravermelho próximo. No final dos anos 80 e atualmente nos anos 90 viu-se a tecnologia de aquisição avançar no sentido de multiplicar enormemente o número de faixas espectrais abrangidas pelos sensores e ao mesmo tempo avançar em direção a resoluções espaciais mais finas. Na seqüência da série Landsat, está sendo construído o sétimo da série, que terá o ETM+ (Enhanced Thematic Mapper Plus), com as mesmas resoluções do anterior, porém com uma banda infravermelha adicional (1,2-1,3 m), uma banda pancromática de 10 metros de resolução espacial, e ainda 5 bandas no infravermelho termal, com 240 metros de resolução espacial. Paralelamente a esta terceira geração de sensores ópticos pode-se colocar os avanços nos sensores CCD. O satélite Indiano de sensoriamento remoto, por exemplo, já é capaz de obter resoluções espaciais da ordem de 5 metros. Além da capacidade de alta resolução espacial dos sensores CCD, tem se conseguido melhorias na sensibilidade espectral. Atualmente, os detectores já estão atingindo o infravermelho médio, o que os começa a igualar aos scanners mecânicos. Também deve ser ressaltado como um significativo avanço, os sensores multiespectrais na região do infravermelho termal, que permitirão estudos de processos micrometeorológicos e de propriedade de materiais, como emissividade e capacidade térmica. Para o monitoramento da superfície da Terra em escala global tem se recorrido a sistemas sensores de baixa resolução espacial mas de alta frequência de observação de grandes áreas como o AVHRR (Advanced Very High Resolution Radiometer). Tal abordagem terá continuidade através do MODIS (Moderate Resolution Imaging Spectrometer), um dos principais sensores dentro do programa EOS que operará em 32 bandas espectrais cobrindo os espectros de radiação refletida e emitida pela Terra, com resoluções espacias de 250 a 500 m e recobrimentos diários da Terra. Certamente, esses novos sensores terão um impacto substancial no modus operandi das pesquisas em sensoriamento remoto, e permitirão uma compreensão dos processos que ocorrem na superfície superfície terrestre em diversas escalas. 1.2 Sensoriamento Remoto do OceanoA Oceanografia é hoje vista como o estudo integrado de processos hidrosféricos envolvendo interações em várias escalas espaciais e temporais em um meio flúido não estático. Esta revolução se verificou, de fato, paralelamente com o desenvolvimento dos métodos de aquisição de dados por plataformas orbitais em meados da década de 70. Certos desenvolvimentos nas técnicas de Sensoriamento Remoto aconteceram para satisfazer os requisitos exigidos pela Oceanografia, como por exemplo a necessidade de se realizar medidas quantitativas precisas, mas indiretas, a partir de dados primários recebidos pelos sensores a bordo dos satélites. O exemplo mais popular é a obtenção da Temperatura da Superfície do Mar (TSM), que necessita de radiômetros operando simultaneamente com 2 a 3 canais na faixa do infra-vermelho, e dados de cobertura de nuvens e perfil vertical da atmosfera, que entram em algorítimos de correção, antes que se possa apresentar o que chamamos de "imagens do campo de TSM". Os satélites da série NOAA, portando radiômetros na faixa do infravermelho como o AVHRR, ou o ERS-1, portando o ATSR/M, realizam hoje esta tarefa. Esta é a diferença maior entre o Sensoriamento Remoto Oceanográfico e o de Áreas Continentais, onde a separação espacial de diferentes respostas espectrais de distintos alvos pode ser retirada, em grande parte das aplicações, diretamente dos dados de sensores remotos, possibilitando a criação de mapas temáticos. Por outro lado, sensores de aplicação mais terrestre podem ser projetados para aplicação oceânica. Por exemplo, durante os estudos para a introdução do sensor Thematic Mapper, especialistas trabalhando com a Defence Mapping Agency-EUA (DMA) sugeriram a introdução de um sensor na banda azul do espectro visível, para visualização de paisagens submarinas. A viabilidade da técnica havia sido demonstrada em um experimento realizado nas Bahamas em 1976, com a ajuda da equipe de mergulho de Jacques Cousteau, da DMA e da US Navy (Polcyn e Cousteau,1976). Simultaneamente, o Departamento de Sensoriamento Remoto do INPE e a Marinha do Brasil tambem conduziam um experimento similar, a Missão Hidrosere II, visando utilização de dados de satélite para hidrografia e batimetria com sensores remotos (Meireles et al, 1978; Meireles, 1980). A técnica só ficou demonstrada em mares brasileiros posteriormente, com Vianna e Solewicz (1988), Vianna et al (1991), Cabral (1993) e Vianna et al (1993), que tambem foram pioneiros no uso de dados de satélite para estudo de transporte de areia e corpos arenosos submersos até 30m de profundidade. Em função dos resultados de estudos de espalhamento de ondas de radar pela superfície do mar, e experimentos subsequentes com radares imageadores aerotransportados, levados a cabo no início dos anos 70, foi concebido e construído nos EUA o primeiro satélite dedicado à oceanografia, o Seasat, transportando 4 sensores na faixa de microondas (bandas K e L): altímetro, difusômetro (scatterometer), radiômetro (SMMR) e radar de abertura sintética (SAR). A sinergia entre os instrumentos possibilitaria a obtenção da figura do geóide, das alturas significantes de onda, da intensidade e direção do vento, e da variabilidade do nível médio do mar, importante para avaliação sinótica dos padrões de circulação na superfície. Lançado em junho de 1978, foi no entanto desligado 3 meses depois (10 de outubro), por razões até hoje obscuras. Entretanto permitiu, pela primeira vez, uma visualização da variabilidade da superfície do oceano global, que ocupa três quartos da superfície da Terra, em escala sinótica. Permitiu a descoberta de fenômenos inteiramente novos e não previstos, como a assinatura na superfície de feições submarinas submersas. Quase que simultaneamente, foi lançado o satélite meteorológico Nimbus 7, contendo um sensor experimental multiespectral de alta resolução radiométrica no espectro visível, o Coastal Zone Colour Scanner (CZCS), através do qual foi possível avaliar pela primeira vez a distribuição espacial do conteúdo de clorofila no mar. Em termos de monitoramento, iniciou-se o estudo dos campos de Temperatura de Brilho do oceano, através do qual foi possível a localiação de frentes térmicas, e do estudo da dinâmica dos vórtices de mesoescala através dos dados dos satélites da série NOAA. A partir destas experiências, a moderna oceanografia experimental passou a ficar não apenas fortemente associada ao Sensoriamento Remoto, mas de fato indissociada, e durante a década de 80 alguns poucos satélites experimentais dedicados à oceanografia foram lançados, mas em geral com fortes requisitos de classificação militar, como o Geosat, um satélite altimétrico da Marinha dos EUA (1985) projetado para calcular um modelo de geóide, e um modelo de campo de gravitação com precisão adequada para o lançamento de mísseis balísticos intercontinentais. A utilização dos dados pelo setor civil foi permitida, mas sem os dados do geóide. Da mesma forma, o projeto e o lançamento da constelação de satélites chamada Navstar, para implementação do Global Positioning System (GPS), através do qual pode-se obter posicionamento geográfico em qualquer parte do globo, foi encomendado e financiado pela US Navy, para consolidar sua supremacia marítima. Estes sistemas de satélites foram desenhados prioritariamente para aplicação oceânica, mas foi a partir de 1990 que se iniciou o lançamento de um grande número de satálites oceanográficos, como o ERS-1 e ERS-2, com sensores ativos e passivos na faixas de microondas (para evitar a cobertura de nuvens), e um radiômetro na faixa visível do espectro, o ATSR. Esta conjuntura, juntamente com o abrandamento dos requisitos de segurança depois da queda da União Soviética, trouxe um fator inesperado para o Brasil: com a divulgação imediata e gratuita da grande massa de dados de vários satélites, a comunidade oceanográfica brasileira passou a se defrontar com o problema do excesso de dados de utilidade para o Brasil, aliado à falta de cultura adequada para utilizar esta ferramenta adequadamente, excetuando-se os cientistas do INPE. Estes, por sua vez, não conseguiram ainda convencer a comunidade a investir pesadamente para reforçar o setor de Oceanografia por Satélites do INPE, para possibilitar uma eficiente transferência de conhecimento e uma participação mais ativa no desenvolvimento de pesquisas de interêsse nacional e internacional. Para mitigar estes entraves, que entretanto não impediram que o INPE obtivesse alguns resultados de pioneirismo mundial em oceanografia, é necessário, antes de se decidir investir no refôrço do setor, compreender como opera um grupo de pesquisa em Sensoriamento Remoto Oceanográfico. Estamos utilizando por modelo "filosófico" o adotado pelo Laboratory for Hydrospheric Processes da NASA (GSFC), com as devidas adaptações que presentemente se fazem necessárias, na descrição do "modus operandi" do Programa Oceanografia-OBT. Vianna e Solewicz (1988) relataram a descoberta pioneira por dados de satélite (TM-Landsat) e o primeiro estudo "in situ" de uma grande área da plataforma continental nordestina, a 25m de profundidade, contendo sequências de grandes corpos arenosos correlacionados a diferentes padrões de correntes e níveis de mar pretéritos. Há evidências de que este tipo de morfologia de fundo domina a plataforma continental entre Natal e a foz do Amazonas (Vianna et al. 1991). Devido a sua importância sócio-econômica (turismo, pesca, petróleo), o Projeto Topsub/INPE passou a investigar e mapear a área, bem como conduzir estudos sobre fotobatimetria e a origem e movimentação das areias de fundo (Vianna et al., 1993; Cabral, 1993; Cabral et al, 1995; Testa e Bosence, 1996). Estes estudos foram também direcionados para levantar a geomorfologia do Atol das Rocas, uma construção recifal cientificamente importante por constituir-se no único atol algal do mundo, cuja sedimentação holocênica e atual foi pela primeira vez levantada por este Projeto (Gherardi,1996). Presentemente, estuda-se como entender a presença de corpos arenosos a 20m em torno do atol, visíveis por imagens, possivelmente constituindo-se em produto de erosão das ilhas do interior do atol (Vianna, 1996). As imagens de satélite dos fundos marinhos da plataforma do Rio Grande do Norte sugerem predominância de correntes de maré até 15m de profundidade, e de correntes unidirecionais forçadas pelo vento em profundidades maiores que 20m. Para entender esta dinâmica, a climatologia das correntes tem de ser determinada. O único local seguro e apropriado para instalar o primeiro sistema de monitoramento foi o Porto-Ilha Termisa, da CODERN, onde um marégrafo do projeto Remarsat/INPE com telemetria por satélite esta sendo mantido desde 1993 (dados 1993-1995 disponíveis por ftp no Research Quality Data Set-Univ. of Hawaii Sea Level Center). Esta dinâmica de transporte de sedimentos só pode ser obtida por satélite com a realização de um experimento de calibração de modelo com correntógrafos instalados no fundo, em áreas determinadas pelas imagens. Estudos teóricos e experimentais sobre espalhamento de microondas pelo mar (com correntes forçadas por relevo de fundo) serão continuados (Cabral et al., 1995), visando tirar partido de diferentes bandas, angulos de incidência e polarizações, para permitir interpretar imagens recentes SAR-ERS-1, e o potencial de diferentes SAR (JERS, RADARSAT) para mapeamento de feições batimétricas em aguas não tranparentes (batimetria radar). No Nordeste, a fusão de dados TM-banda 1 com dados SAR é possível, está sendo realizada, e será incrementada. Cabe salientar que a formação de pessoal do Projeto a nível de pós-graduação esta sendo em colabração com a University of London (Geologia) e Southampton (Sensoriamento Remoto), com dois novos PhD's retornado em 1996.
No sentido de reforçar nossa linha de pesquisa em Nível do Mar, será iniciada a implementação em 1997 de uma cooperação com o CNES para a recepção de dados do satélite Topex/Poseidon (T/P) em modo operacional, via Internet. Esta cooperação incluirá a realização de um curso de 15 dias projetado para especialistas experimentados em sensoriamento remoto do oceano em 1997, a ser ministrado por equipe do CNES, e realização de trabalhos em co-autoria pelas equipes do INPE, CNES, ORSTOM, NASA e NOAA. Pretende-se realizar um Workshop sobre assimilação de dados altimétricos em modelos numéricos (ver Topex/Poseidon, 1996) juntamente com especialistas da NASA e do ORSTOM no âmbito do Projeto PIRATA. Neste sentido, pretende-se completar a construção de um modelo numérico novo, adequado para assimilar dados de nível do mar, cujas bases foram introduzidas em dois trabalhos, por Vianna e Holvorcem (1992) e Holvorcem e Vianna(1992). Para facilitar a concepção de algorítimos de assimilação de dados de satálites em modelos hidrodinâmicos, como esta sendo realizado hoje (Malanotte-Rizzoli, 1996), técnicas de compressão de dados espaço-temporais de satélites, por ondeletas ou com a introdução de expansões ortogonais empíricas no domínio do tempo (Peris, 1995), serão pesquisadas. O INPE-Natal será equipado com um sistema computacional adequado, incluindo uma estação gráfica de alto desempenho, direcionada para processamento e análise de dados de satélites relativos ao Atlântico Equatorial. Uma estação de recepção de dados HRPT/NOAA e uma bibiloteca serão instaladas, bem como a construção de um espaço físico adequado para pesquisadores de oceanografia, como parte de uma estratégia de estabelecimento de um polo irradiador de conhecimentos avançados de Oceanografia para o Nordeste. 1.3 Monitoramento dos ecossistemas da AmazôniaEste conjunto de atividades é centrado sobre o estudo da estrutura e funcionamento dos ecosistemas da Amazônia e os impactos da ocupação humana sobre esses sistemas que fazem parte do projeto "Long Term Monitoring of Amazonia: from Patterns to Processes" proposto pelo INPE para o programa EOS/MTPE (Earth Observing System - Mission to Planet Earth da NASA). Esse projeto é o único componente do MTPE executado por um país em desenvolvimento e está sendo conduzido em colaboração com as universidades da Califórnia em Santa Barbara e de Washington, que estudam o funcionamento do ciclo hidrológico na Amazônia. O programa EOS/MTPE tem como meta "obter uma compreensão científica dos sistemas do planeta Terra ao descrever como cada parte componente e suas interações evolui, como funcionam, e como pode-se esperar que evoluam em todas as escalas de tempo" . Neste contexto, a NASA, em conjunto com a Agência Espacial Européia e a NASDA (Japão), colocará em órbita um conjunto de sistemas sensores que deverá contribuir para o entendimento dos ecossistemas terrestres. No projeto aprovado pela NASA, o INPE liderará as atividades de modelagem com uso de sensoriamento remoto do balanço de água, da fixação de carbono e da ciclagem de nutrientes, usando como referência dados tomados nas torres de medição de fluxo do projeto LBA. Planeja-se acoplar um modelo hidrológico de mesoescala, de responsabilidade da Universidade da Califórnia, Santa Barbara, a um modelo biogeoquímico de ecossistemas florestais, originalmente desenvolvido por uma equipe da Universidade de Montana, USA, (FOREST-BGC). O ajuste do FOREST-BGC para a Amazônia permitirá combinar dados climatológicos e de cobertura da terra para fornecer meios de simular continuamente a evapotranspiração e a fixação anual de carbono nas plantas e solos, trazendo luz ao conhecimento do papel da vegetação amazônica nos ciclos de carbono e da água. O monitoramento da ocupação humana na Amazônia é um dos principais objetos de atividades do Programa de Sensoriamento Remoto na Amazônia do INPE. Como a mais importante atividade desse Programa, o Projeto de Monitoramento do Desflorestamento da Amazônia com imagens de satélite (PRODES) realizou quatro levantamentos exaustivos da extensão da ação antrópica na região, para os anos de 1989, 1991, 1992 e 1994. Os resultados desse trabalho tem servido como subsídio para a elaboração de políticas públicas na Amazônia, graças à cobertura completa da Amazônia Legal e do grau de detalhamento do trabalho. Esses estudos estimaram o total das áreas desflorestadas na Amazônia Legal em 152.200 km2 em janeiro de 1978, 377.600 km2 em abril de 1988, 401.400 km2 em agosto de 1989, 415.200 km2 em agosto de 1990, 426400 km2 em agosto de 1991 e cerca de 470.000 km2 em agosto de 1994. Um dos resultados práticos deste projeto é a indicação de áreas críticas nas quais a intensidade de conversão de floresta para outro uso é maior, como em Rondônia e no sul do Pará. O processo de ocupação humana também é objeto de vários projetos executados no INPE com o apoio da FAPESP (95/2432-5 e outros) e FINEP (PPD PPG7) que vem estudando a dinâmica de uso e cobertura do solo, e, em particular, o processo de regeneração da vegetação e de acúmulo de biomassa pela vegetação secundária (Alves & Skole 1996, Alves et al, 1996). O estudo da dinâmica da cobertura da terra na Amazônia se acopla em uma escala maior ao estudo de processos em ecossistemas amazônicos acima descritos permitindo a inferência das trasferências de carbono entre a superfície e a atmosfera devidas ao desflorestamento e à regeneração da cobertura vegetal.
Do ponto de vista de desenvolvimento e disseminação de metodologia para extrair informações multitemporais, os projetos ora em execução utilizam dados de sensores ópticos (Landsat MSS e TM, SPOT HRV) e, também na faixa de microondas: SIRC, JERS1, ERS e RADARSAT, visando a identificação e mapeamento de classes de cobertura vegetal e a quantificação de suas biomassas e outros parâmetros biofísicos como o índice de área foliar e rugosidade aerodinâmica do dossel. 1.4 Estudos em Modelagem Ambiental e Suporte à Gestão do TerritórioOs projetos de investigação ambiental utilizam dados de campo, imagens de vários sensores e mapas existentes integrados num ambiente de trabalho (SIG) e analizados por equipes multi-disciplinares visando o diagnóstico e o monitoramento de problemas ambientais. Estes projetos fazem uso tanto de técnicas de Sensoriamento Remoto, quanto de Geoprocessamento. Neste contexto, um dos resultados mais relevantes obtidos pelo INPE e que projeta um conjunto importantes de futuras atividades, foi o desenvolvimento de metodologia para integração de dados dos meios físico-biótico (geologia, vegetação, solos e geomorfologia) e sócio-econômico. Esta metodologia foi desenvolvida através de convênio entre o LAGET/UFRJ (Laboratório de Gestão do Território), liderado pelos Prof. Bertha Becker e Cláudio Egler, e o INPE, e está sendo aplicada na execução do Programa de Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) , conduzido pelo Governo Federal e Estados da região. O programa ZEE tem duas características: como instrumento técnico de informação sobre o território, provê uma informação integrada em uma base geográfica e classifica o território segundo suas potencialidades e vulnerabilidades. Como instrumento político de regulação do uso do território, permite integrar as políticas públicas em sua base geográfica, descartando o convencional tratamento setorizado e aumentar a eficácia da intervenção pública. Para execução do ZEE, a tecnologia de Geoprocessamento é fundamental e requer estudos de desenvolvimento de técnicas robustas e operacionalmente factíveis, para que possam ser implantadas com sucesso nas instituições participantes do programa. Para tanto, o INPE vem realizando um conjunto de resultados de pesquisa tecnológica que envolvem o desenvolvimento de uma linguagem para análise geográfica (LEGAL), integrada ao sistema SPRING, que conta com ferramentas que permitem expressar os procedimentos de gestão territorial da metodologia do ZEE. Um dos aspectos da gestão territorial é a conservação da biodiversidade à qual o País se comprometeu no âmbito internacional ao ratificar a Convenção sobre Diversidade Biológica (Decreto Legislativo no 2/94). De acordo com os termos da Convenção o Brasil deverá identificar e monitorar componentes da diversidade biológica, dentre os quais são incluídos ecossitemas e habitats. Para cumprir esse compromisso é fundamental a realização do mapeamento e monitoramento da cobertura vegetal do País para diagnosticar o estado da conservação e da dinâmica dos ecossistemas do território nacional e para fornecer subsídios ao monitoramento de outros componentes da diversidade biológica como populações e comunidades. O uso de Sensoriamento Remoto para este fim é visto como única alternativa viável para implementar o monitoramento de ecossitemas e habitats (Cerqueira, 1996). O INPE tem ampla experiência em mapeamento e monitoramento da cobertura vegetal de diversos biomas brasileiros (Ponzoni et al., 1989; Hernandez Filho et al., 1995; Aoki e Santos,1980; Sá, 1991; Nosseir et al., 1975; Valeriano, 1985; Valeriano e Aquino, 1985; Valeriano e Ponzoni, 1988).
Entretanto, para que esse acervo de metodologias acumulado através de estudos de casos possa ser aplicado ao monitoramento da diversidade biológica, há a necessidade da sua adequação a este fim. Propõe-se assim, a formalização da metodologia de mapeamento de vegetação, através da elaboração de cartas de vegetação na escala de 1:250 000 para os principais biomas brasileiros. 1.5 Tecnologia de Bancos de Dados Geográficos e Sistemas de Geoprocessamento
Consideramos a existência de três gerações de sistemas de informação geográfica. A primeira geração ("CAD cartográfico") caracteriza-se por sistemas herdeiros da tradição de Cartografia, com suporte limitado de bancos de dados e cujo paradigma típico de trabalho é o mapa (chamado de "cobertura" ou de "plano de informação"). Desenvolvidos a partir da início da década de 80 para ambientes da classe VAX e, a partir de 1985, para sistemas PC/DOS, esta classe de sistemas é utilizada principalmente em projetos isolados, sem a preocupação de gerar arquivos digitais de dados. Esta geração também pode ser caracterizada como sistemas orientados a projeto ("project-oriented GIS"). A segunda geração de SIGs ("banco de dados geográfico") chegou ao mercado no início da década de 90 e caracteriza-se por ser concebida para uso em ambientes cliente-servidor, acoplado a gerenciadores de bancos de dados relacionais e com pacotes adicionais para processamento de imagens. Desenvolvida em ambientes multi-plataforma (UNIX, OS/2, Windows) com interfaces baseadas em janelas, esta geração também pode ser vista como sistemas para suporte à instituições ("enterprise-oriented GIS"). Pode-se prever, para o final da década de 90, o aparecimento de uma terceira geração de SIGs ("bibliotecas geográficas digitais" ou "centros de dados geográficos"), caracterizada pelo gerenciamento de grandes bases de dados geográficos, com acesso através de redes locais e remotas, com interface via WWW (World Wide Web). Estes sistemas deverão seguir os requisitos de interoperabilidade, de maneira a permitir o acesso de informações espaciais por SIGs distintos. A terceira geração de SIG pode ainda ser vista como o desenvolvimento de sistemas orientados para troca de informações entre uma instituição e os demais componentes da sociedade ("society-oriented GIS"). 1.6 Aplicações de Morfologia Matemática em Sensoriamento RemotoEm 1986 um trabalho desenvolvido por Destival (1986) associava o uso da Matemática (MM) ao Sensoriamento Remoto (SR). Ela mostrava que era possível extrair estradas, rios etc. usando as ferramentas da MM desenvolvidas no software MORPHOLOG. Nos anos recentes, trabalhos desenvolvidos por Flouzat (1989), Ansoult e Soille (1990) Simpson (1992), Lea e Lybanon (1993) e Krihsnamurthy (1994), mostraram resultados bastante significativos no uso de MM nessas aplicações.
No caso brasileiro, podemos relacionar, entre outros, os trabalhos de Barrera (1992), Banon e Barrera (1989), Silva(1989), Candeias e Sousa (1996), Candeias e Fernandez (1996). Um passo importante na propotipagem de metodologias para extração de informação usando MM foi o desenvolvimento de uma caixa de ferramentas denominada MMach (Morphological Machine) (Barrera et al, 1995) desenvolvida para rodar no sistema KHOROS. 2. Objetivos do Projeto2.1 Objetivo GeralPassados 25 anos da introdução do Sensoriamento Remoto, verifica-se que já dispomos de grande quantidade de metodologias para abordagens específicas como monitoramento florestal e mapeamento geológico, principalmente baseadas na atual geração de satélite de imageamento óptico com resolução da ordem de 10 a 30 metros. Também foram desenvolvidas duas gerações de sistemas de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (SITIM/SGI e SPRING). Paralelamente, formamos mais de 150 mestres. No entanto, as técnicas utilizadas pela comunidade ainda se baseiam muito na análise visual de imagens (monoscópica), com pouco uso de realces digitais de imagens, classificadores estatísticos e técnicas de modelagem e integração de dados. O recente aparecimento de novos sistemas sensores -(como os radares imageadores) e a necessidade de fornecer à comunidade, metodologias e sistemas que aumentem o potencial do uso da tecnologia de Sensoriamento Remoto demandam um esforço cada vez maior dos especialistas na área, tanto ao realizar pesquisa científica e tecnológica, formar recursos humanos e transferir estes resultados para a comunidade. Nesta perspectiva, o núcleo pretende ter o seguinte objetivo geral: "Contribuir para tornar o Sensoriamento Remoto cada vez mais eficaz no levantamento, monitoramento e preservação dos recursos naturais do país e na compreensão do ambiente e sua evolução, de pequenas a grandes escalas." Para realizar este objetivo geral, o núcleo se propõe a manter três grandes linhas de atividades, coerentes com seu histórico, tradição, estado-da-arte no seu campo de conhecimento, recursos humanos e materiais disponíveis e balizada pelas necessidades do País. Estas três linhas de atuação são:
2.2 Objetivos Específicos2.2.1 Pesquisa AplicadaA.1 Espectrorradiometria Óptica Objetivo: Realizar estudos sobre o comportamento espectral de alvos naturais, visando a caracterizar sua resposta à radiação eletromagnética. Atividades de Pesquisa: A.1.1 Obtenção de biblioteca do comportamento espectral de materiais geológicos. A.1.2 Estudo do comportamento espectral da água. A.2 Estudos de Sensores Hiperespectrais Objetivo: Realizar estudos sobre aplicações de sensores hiperespectrais, buscando verificar suas características e as metodologias de extração de informação. Atividades de Pesquisa: A.2.1 Sensoriamento Remoto Hiperespectral para aplicações geológicas. A.3 Avaliação de Metodologias com Imagens Radar Objetivo: Realizar o desenvolvimento de metodologia e verificar a adequação das imagens produzidas por radares imageadores. Atividades de pesquisa: A.3.1 Avaliação geológica de dados do SIR-C/X-SAR em ambiente tropical semi-árido. A.3.2 Avaliação geológica de dados RADARSAT-1 em ambiente tropical úmido. A.3.3 Avaliação de dados RADARSAT/JERS-1 no estudo do impacto ambiental da construção de reservatórios. A.3.4 Avaliação de umidade de solos a partir de imagens do SIR-C/X-SAR. A.4 Modelagem Ambiental e Integração de Dados Objetivos: Realizar estudos que realizam integração de dados multifontes, reunindo técnicas de Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento. Atividades de Pesquisa: A.4.1 Uso de técnicas de integração de dados digitais multifonte visando a definição de áreas potenciais para Ouro e Metais Base no Greenstone Belt de Mundo Novo-BA. A.4.2 Análise de imagens multisensor com dados de campo na discriminação espectral de áreas de microexudação de hidrocarbonetos, Bacia de Tucano Norte. A.4.3 Modelagens para apoio a estudos agrícolas (conservação de solos em bacias hidrográficas). A.4.4 Metodologia para mapeamento da vegetação para conservação da biodiversividade ao nível da paisagem. A.5 Monitoramento dos ecossistemas da Amazônia Objetivo: Análise multitemporal dos ecossistemas amazônicos e caracterização dos processos dos ciclo de carbono e do ciclo hidrológico, relacionando-os com a dinâmica do uso e cobertura da terra da região. Atividades de Pesquisa: A.5.1 Caracterização do processo de dinâmica de cobertura e uso da terra em áreas selecionadas da Amazônia Legal e análise do impacto dessa dinâmica sobre o balanço de carbono, com a utilização de dados óticos e de radar. A.5.2 Caracterização dos estoques de carbono em áreas de vegetação secundária; A.5.3 Modelagem de balanço de água, fixação de carbono, ciclagem de nutrientes para a Amazônia. A.6 Estatísticas Agrícolas Objetivo: Utilização de Sensoriamento Remoto como ferramenta de apoio à obtenção de estatísticas agrícolas. Atividades de Pesquisa: A.6.1. Estatísticas Agrícolas para Previsão de Safras A.7. Sensoriamento Remoto do Oceano Objetivo: Utilização de dados de Sensoriamento Remoto integrados com dados de rede de monitoramento oceânico e modelos numéricos de circulação oceânica para estudos de impacto ambientais em zonas costeiras e mudanças climáticas. A.7.1 Caracterização dos fundos marinhos, dos impactos das mudanças climáticas e da circulação oceânica no ambiente costeiro do Nordeste e estudos de variabilidade sazonal e interanual do Atlântico Equatorial e Sudoeste através da integração e modelagem com dados orbitais de Sensoriamento Remoto e dados auxiliares (altimétricos, radiométricos e marégraficos). 2.2.2 Pesquisa TecnológicaT.1 Sistemas de Geoprocessamento e Processamento de Imagens Objetivo: Desenvolver nova geração de sistemas de Processamento de Imagens e Geoprocessamento, e disseminar esta tecnologia na sociedade brasileira. Atividades de Pesquisa: T.1.1 Aprimoramento e difusão da tecnologia SPRING T.1.2 Desenvolvimento de Centros de Dados Geográficos T.2 Algoritmos e técnicas de processamento de imagens de radar Objetivo: Desenvolver métodos e técnicas para tratamento computacional de imagens de radar de abertura sintética (SAR). Atividades de Pesquisa: T.2.1 Filtragem e classificação de imagens SAR T.2.2 Análise estatística em imagens SAR T.2.3 Desenvolvimento de Metodologias para extração de Informações de imagens orbitais. T.3 Classificação e segmentação de imagens ópticas Objetivo: Desenvolver métodos e técnicas de extração de informação em imagens ópticas (LANDSAT, SPOT, CBERS). T.3.1 Técnicas de fusão de imagens multiespectrais T.3.2 Registro automático e semi-automático de imagens de Sensoriamento Remoto T.4 Aplicações de Morfologia Matemática em Sensoriamento Remoto Objetivo: Desenvolver e demonstrar a utilização de técnicas de Morfologia Matemática para aplicações de Sensoriamento Remoto. Atividades de Pesquisa: T.4.1 Banco de exemplos ilustrando o uso da Morfologia Matemática em Sensoriamento Remoto. T.4.2 Ferramentas para projeto automático de operadores e filtros. T.5 Processamento Paralelo em Processamento de Imagens Objetivo: Desenvolvimento de algoritmos e arquiteturas para viabilizar a relação tempo-de-processamento x periodicidade-do-projeto x custo, no caso de planejamentos e metodologias que envolvam grandes regiões usando Sensoriamento Remoto, e utilizam algoritmos de grande complexidade (como a segmentação). Atividades de Pesquisa: T.5.1 Processamento Paralelo de Imagens Digitais de Sensoriamento Remoto em Máquina Paralela Implementada com DSPs.
T.5.2 Paralelização de Algoritmos de Segmentação usados em Sensoriamento Remoto 2.3. Doutorado em Sensoriamento Remoto no INPE
O Doutorado em Sensoriamento Remoto é passo fundamental e absolutamente necessário para aprimorar a qualidade da pesquisa feita no País na área. A implantação do Doutorado se fará em dois passos: durante o ano de 1996, serão concluídos os estudos em andamento sobre o conteúdo curricular do curso e feitas os necessários ajustes instituicionais para o início efetivo do curso em 1998. Em 1997 serão definidas as novas disciplinas a comporem o elenco necessário a um curso de nível compatível com a excelência já atingida pelo mestrado, e feitos todos os preparativos para seu início em 1998. No estágio atual, a Comissão de Implantação está em fase adiantada nos estudos necessários para esta implantação. ReferênciasANSOULT, M.M.; SOILLE, P.J. 1990. Mathematical Morphology: a tool for automated GIS data Acquisition from scanned thematic maps. Photogrammetric Engineering and Remote Sensing 56(9):1263-1271. AOKI, H.; SANTOS, J.R. 1980. 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1. Visão GeralOs resultados esperados estão indicados em função dos objetivos específicos indicados na seção anterior. 2. Pesquisa AplicadaA.1. Espectrorradiometria ÓpticaA.1.1 Obtenção de Biblioteca do Comportamento Espectral dos Materiais GeológicosO advento dos sensores hiperespectrais, equipamentos capazes de obter imagens sobre uma determinada área em dezenas a centenas de canais, introduziu o conceito de "biblioteca espectral", ou seja, de bancos de dados de reflectância que possam auxiliar o processo de extração da informação das imagens. Para se ter uma idéia da importância destes dados, as técnicas de classificação hiperespectral de imagens atualmente existentes envolvem, basicamente, um processo de comparação de espectros de reflectância extraídos das imagens com espectros coletados em campo e/ou laboratório. Visando a discriminação e identificação dos materiais nas imagens, especialmente de rochas e solos com feições de absorção diagnósticas, é fundamental que estas bibliotecas espectrais, ou que as amostras que as constituem, sejam respaldadas por dados petrológicos. Estes dados são importantes para a compreensão das variações espectrais das rochas e solos face a variação de seus constituintes mineralógicos/químicos. Desta forma, com esta base petrológica, estas bibliotecas podem ser úteis não apenas nos estudos que envolvam a análise de imagens, como também nas aplicações não-convencionais de sensoriamento remoto. Um exemplo deste tipo de aplicação é a quantificação de cores dos solos e a análise de seu comportamento ao longo dos perfis, em função da variação de constituintes como matéria orgânica e óxidos de ferro, desde o horizonte A até a rocha de origem. Inserido neste contexto, pretende-se neste período de quatro anos compor bibliotecas espectrais que possam servir como base, especialmente, para eventuais aplicações de sensoriamento remoto hiperespectral em nossos diferentes ambientes geológicos e investigar a utilização potencial destes dados para aplicações não-convencionais de sensoriamento remoto, e (c) tentar viabilizar a ampliação da faixa espectral de coleta de dados do visível e infravermelho próximo (400-2500 nm) para o termal (8000-12000 nm), através da obtenção de curvas ou dados de emissividade espectral dos materiais. A.1.2 Estudo do Comportamento Espectral da ÁguaEstes estudos serão realizados através de trabalhos experimentais, controlados(em laboratório) e semi-controlados (em campo) para compreender o efeito da composição da água sobre seu espectro de energia refletida e como os parâmetros de aquisição interferem nas relações entre concentrações de componentes oticamente ativos e a radiância do volume da água.
Mais especificamente, tendo em vista a proposta de lançamento do Satélite Brasileiro de Sensoriamento Remoto (SRB) com órbita equatorial, será desenvolvido um projeto de avaliação do efeito que a variação diária do ângulo de incidência solar tem sobre o comportamento espectral da água e de que modo isto afetará as aplicações de seus dados no monitoramento de sistemas aquáticos e recursos hídricos. A.2 Estudos de Sensores HiperespectraisA.2.1 Sensoriamento Remoto Hiperespectral para Aplicações GeológicasA etapa hiperespectral é o mais importante evento da história do sensoriamento remoto na faixa ótica, desde o surgimento dos sensores orbitais multiespectrais em 1972. Para uma determinada área da superfície terrestre, sensores hiperespectrais são capazes de adquirir imagens em dezenas a centenas de canais (ou bandas) com larguras estreitas, às vezes da ordem de 10 nm. No Brasil, imagens hiperespectrais, geradas pelo sensor "Airborne Visible/InfraRed Imaging Spectrometer" (AVIRIS), com 224 canais, foram adquiridas no final do ano passado em algumas áreas situadas a N-NW de Brasília. A missão fez parte do projeto SCAR-B, envolvendo cientistas e instituições de diversos países. Com base neste conjunto de imagens, pretende-se neste período de quatro anos verificar a contribuição do sensoriamento remoto hiperespectral para uma melhor compreensão da geologia local, discriminar e identificar as diferentes litologias, através do estudo das relações existentes entre as propriedades espectrais das rochas e a variação de seus constituintes mineralógicos/químicos e propor uma configuração espectral mínima de bandas, capaz de representar, de forma não-redundante, a maior parte do conteúdo de informação espectral das rochas em relação a informação obtida no contexto hiperespectral. A.3 Avaliação de Metodologias com Imagens RadarA.3.1 Avaliação geológica de dados do SIR-C/X- SAR em ambiente tropical semi-árido.Dados do Spaceborne Imaging Radar C/X-SAR foram adquiridos em Abril de 1984 do Vale do Rio Curaçá, Bahia. As imagens foram coletadas digitalmente em 3 bandas (L, C e X) e quadri-polarizações (HH, VV. HV e VH), com ângulos de incidência e resolução variáveis. O Vale do Curaçá apresenta características excepcionais para pesquisa geológica com sensores remotos devido às suas condições fisiográficas e ambientais (terreno plano, extensas exposições de rochas, solos rasos, baixa densidade de cobertura vegetal e restrita atividade antropogênica). No caso do SIR-C, devido às suas características inovadoras (é o mais avançado sistema de radar imageador orbital e nenhum outro sistema em operação possui suas características de imageamento em multi-banda e multi-frequência), espera-se gerar conhecimento no papel dos parâmetros do sistema (frequência, polarização e ângulo de incidência) e do terreno (macro-topografia e rugosidade superficial) na discriminação de rochas e seus produtos de alteração (rochas arqueanas de alto grau metamórfico e pelitos/mármores do Proterozoíco Superior), na detecção de estruturas geológicas, mapeamento de feições geomorfológicas e geobotânica (controle da vegetação de caatinga pela litologia). Uma ênfase especial será também dada na fusão de dados multi-bandas e multipolarização do SIR-C com imagens ópticas do TM-Landsat no contexto de aplicação geobotânica (multisazonal) no mapeamento geológico Os resultados da investigação servirão de base científica para a compreensão da interação energia /matéria (microondas/rochas e seus produtos de alteração) na avaliação de sistemas de radares imageadores atuais e futuros, em pesquisa geológica de ambientes tropicais semi-árido. A.3.2 Avaliação geológica dos dados RADARSAT-1 em ambiente tropical úmido.Imagens de radar orbital do RADARSAT-1 dentro da proposta aprovada do INPE no Programa ADRO (RADARSAT-1 Application Development and Research Opportunity Program) estão sendo coletadas da Província Mineral de Carajás (Pará). Foi prevista a aquisição de seis cenas nesta área-teste: 01 no Modo Scansar (órbita descendente), 02 no Modo Standard, com ângulos de incidência variáveis (órbitas ascendentes), 02 no Modo Standard, com ângulos de incidência variáveis (órbitas descendentes) e 01 no Modo Fine (órbita ascendente). Estes dados serão analisados monoscópicamente e sob esteroscopia orbital e tratados digitalmente (correções radiométricas, geométricas, realces, classificações texturais e fusão com imagens aerogeofísica e TM-Landsat) no contexto de aplicação geológica em análise tectônica, mapeamento geológico e pesquisa mineral (investigar a possiblidade de classificação digital de lateritas mineralizadas em ferro no depósito N1). Serão também conduzidas comparações do conteúdo de informação geológica extraída destes dados com resultados do JERS-1, ERS-1 e TM-Landsat. Os resultados obtidos da investigação permitirão a primeira avaliação científica sistemática do desempenho do RADARSAT-1 em aplicação geológica de ambiente tropical úmido com relevo montanhoso na Amazônia. Ênfase será dada na análise das inovações do RADARSAT-1 (variação de ângulos de incidência, resolução espacial e direção de visada) no contexto de extração de informações de significado geológico que possam servir de base para a otimização do uso operacional destes dados em programas exploratórios na Amazônia. De particular interesse será a investigação do impacto da estereoscopia orbital (mesma direção de visada com ângulos de incidência distintos e visadas de órbitas descendentes e ascendentes) e dos produtos integrados SAR (SAR com aerogeofísica e SAR/TM-Landsat) na pesquisa geológica. A participação direta da CPRM (SUREG-Belém) e da DOCEGEO-CVRD, contribuirá na validação dos resultados e transferência da tecnologia para estes usuários que operam sistematicamente na Amazônia, em programas de levantamentos geológicos básicos (PGBC) e prospecção mineral. A.3.3 Avaliação de dados RADARSAT/JERS-1 no estudo do impacto ambiental da construção de reservatóriosEstes estudos serão realizados no reservatório de Tucuruí onde estão sendo obtidos dados sequências do satélite RADARSAT e JERS-1. Os dados estão sendo adquiridos de acordo com as fases de operação do reservatório, permitindo acompanhar uma oscilação de nível de água da ordem de 12 metros bem como o impacto desta oscilação sobre a comunidade de plantas aquáticas. Paralelamente a aquisição de dados de sensoriamento remoto, estão sendo obtidas medidas de propriedades dos dosséis de plantas aquáticas (biomassa, altura, orientação das folhas, rugosidade, densidade de cobertura, índice de área foliar, etc.) as quais serão relacionadas com medidas de retroespalhamento derivadas das imagens de radar. Estas medidas permitirão avaliar o potencial das imagens de radar para a estimativa da biomassa das plantas aquáticas. Estão também sendo obtidas medidas de emissão de gases de efeito estufa junto aos diferentes bancos de plantas aquáticas com o objetivo de avaliar as relações entre biomassa de plantas aquáticas e a magnitude das emissões. A.3.4 Avaliação de umidade de solos a partir de imagens SIR-C/X-SAR.
Serão analisadas uma série de imagens SIR-C/X-SAR tomadas sobre o Perímetro Irrigado de Bebedouro, no município de Petrolina, Pe. Durante os vôos do Ônibus Espacial Endeavour, com os radares do experimento, foi realizada uma caracterização agronômica de toda a área do perímetro, bem como coletados dados de rugosidade e umidade do solo a 5 e 10 cm de profundidade. A.4 Modelagem Ambiental e Integração de DadosA.4.1. Uso de Técnicas de Integração de dados Digitais Multifonte Visando a Definição de Áreas Potenciais para Ouro e Metais Base no Greenstone belt de Mundo Novo-BATrabalhos recentes conduzidos pela CBPM, permitiram a identificação do greenstone belt de Mundo Novo, talvez a mais completa estrutura desse tipo conhecida na Bahia. Além das mineralizações de ouro há muito conhecidas na região de Jacobina, essa seqüência, pelas suas características geológicas e extensão em área, é altamente potencial para a ocorrência de sulfetos de metais base. Dentro desse enfoque, a presente proposta tem como objetivo a análise integrada de dados digitais mutifonte, visando a definição de áreas potenciais para pesquisa mineral nessa região. Dados geológicos prévios e a serem coletados em campo, serão integrados com informações oriundas de sistemas sensores de última geração (JERS-1, ERS-1, Landsat-TM) e a dados geofísicos (magnetometria, gravimetria e cintilometria) e geoquímicos (Au, Cu, Cr, Zn, Pb), usando-se o que há de mais atual em termos de técnicas de geoprocessamento digital de dados. É importante salientar que a análise integrada de dados ora proposta, não visa a criação de um "novo" mapa geológico para a área de estudo. O que se busca com tal abordagem são respostas a questões como: que tipo de informação obtida é ainda desconhecida e merece ser verificada em campo pelo potencial prospector que apresenta? Ao final da pesquisa acredita-se que importante contribuição poderá ser dada, de modo particular ao estudo da área em foco (com implicações do ponto de vista da geologia econômica) e de modo geral, ao desenvolvimento metodológico das técnicas de análise integrada de dados na pesquisa mineral. A.4.2 Análise de Imagens Multisensor Integradas com Dados de Campo na Discriminação Espectral de Áreas de Microexudação de Hidrocarbonetos, Bacia de Tucano Norte.Uma das mais importantes contribuições do sensoriamento remoto na pesquisa petrolífera, tem sido sua aplicação na detecção de áreas de microexudação de hidrocarbonetos. A ação de gases em ambiente quimicamente redutor converte em compostos ferrosos, o ferro férrico da hematita, goethita e outros minerais limoníticos contidos nas rochas capeadoras. Outro processo de alteração diagenética comum em áreas de microexudação modifica a distribuição, a proporção relativa e a composição das argilas (caolinita, ilita, clorita) nas rochas encaixantes. Todos esses minerais exibem feições espectrais diagnósticas, que permitem identificá-los remotamente. Evidências indiretas desses processos podem se manifestar como uma ampla gama de feições inter-relacionadas, tais como feições topográficas, anomalias geoquímicas (gasometria e microbiologia de petróleo), geofísicas (magnéticas), anomalias tonais de solos (bleaching), geobotânicas etc. Dentro desse quadro a pesquisa tem como objetivos: a) Averiguar o uso de imagens de diferentes sistemas sensores Landsat-TM, JERS-1, Radarsat, imagens hiperespectrais GER) combinadas entre si e com dados litológicos/estruturais, dados geoquímicos (gasometria), geofísicos (magnetometria fina) e dados espectrais de solos e vegetação, para a discriminação de áreas de microexedução de hidrocarbonetos; b) Com base nos resultados obtidos, simular e avaliar novas bandas espectrais que estarão disponíveis em satélites dedicados à pesquisa mineral e petrolífera, disponíveis até o final desta década (e.g. ASTER-Advanced Space Borne Thermal Emission and Reflectance Radiometer). A.4.3 Modelagens para apoio a estudos agrícolas (conservação de solos em microbacias hidrográficas)A agricultura é responsável pela produção dos alimentos consumidos pela humanidade, mas também por um dos maiores impactos antrópicos sobre os solos e sobre o ambiente. Há que se monitorar os vários aspectos desta pressão ambiental. Uma importante linha de ação, nesta área, vem sendo a da modelagem ambiental para o monitoramento da erosão hídrica em microbacias hidrográficas, via sensoriamento remoto, geoprocessamento e bancos de dados. Os modelos ambientais são representações matemáticas ou computacionais de processos, mecanismos e fenômenos envolvendo variáveis componentes dos sistemas terrestres, visando permitir simulações e extrapolações, bem como estudos de causas e efeitos, sempre levando-se em conta as interações ponderadas de cada variável dentro do contexto global do sistema estudado.
Assim, na linha em foco, visando atender às expectativas do desenvolvimento sustentado, espera-se atingir, utilizando os modelos descritores das perdas de solos por erosão hídrica, a capacidade de proposição de formas de ocupação da terra que minimizem as perdas de solos por erosão, considerando a microbacia como unidade básica onde ocorrem os principais processos do ciclo da água na superfície terrestre. A.4.4 Metodologia para mapeamento da vegetação para conservação da biodiversidade ao nível de paisagem
A pesquisa visa à definição de metodologia para o inventário e monitoramento da paisagem dos principais biomas brasileiros através de sensoriamento remoto para fins de conservação da biodiversidade a nível de ecossistemas e habitats. Serão produzidos mapas de vegetação e de sua dinâmica referentes a uma folha 1:250000 dentro do domínio de cada um dos seguintes biomas: Floresta Atlântica, Floresta Amazônica, Cerrado e Caatinga. A.5 Monitoramento dos ecossistemas da AmazôniaA.5.1 Caracterização do processo de dinâmica de cobertura e uso da terra em áreas selecionadas da Amazônia Legal e análise do impacto dessa dinâmica sobre o balanço de carbono, com a utilização de dados óticos e de radarSerão realizados levantamentos das áreas desflorestadas e de vegetação secundária utilizando-se séries multitemporais de imagens de satélites óticos e de radar. As áreas de estudo são caracterizadas por processos de ocupação importante e compreenderão, pelo menos, as regiões de Floresta Nacional do Tapajós, Marabá, Manaus e Rondônia (região entre Ariquemes e Ji-Paraná). A metodologia será baseada na classificação das imagens, com posterior análise da evolução da cobertura das áreas desflorestadas (uso ou em abandono) de forma semelhante à descrita por Alves & Skole (1996) e Alves et al. (1996). As áreas abandonadas serão estratificadas segundo idade ou estágio de regeneração e esses resultados serão correlacionados com dados de radar. Para melhor entender as causas e efeitos do desflorestamento, as informações sobre dinâmica de uso da terra serão completadas com dados de levantamentos sócio-econômicos para análise integrada. Esta parte do trabalho será realizada em colaboração com o Prof. Wanderlei Messias, da USP. A.5.2 Caracterização dos estoques de carbono em áreas de vegetação secundária
Este trabalho será realizado em áreas de vegetação secundária, selecionadas na etapa anterior (Caracterização da dinâmica de uso da terra) e buscará estimar a biomassa acima do solo e o estoque de carbono correspondente a partir de levantamentos de campo. Ele será baseado no inventário florístico e na coleta de dados biométricos e do índice de área foliar e posterior estimativa da biomassa a partir de equações alométricas disponíveis na literatura, de forma similar à descrita por Alves et al. (submetido). Cogita-se, também, da possibilidade de realizar medidas destrutivas, para o desenvolvimento de equações específicas para espécies dominantes. A.5.3 Modelagem de balanço de água, fixação de carbono, ciclagem de nutrientes para a Amazônia.Espera-se acoplar um modelo hidrológico de mesoescala a um modelo biogeoquímico de ecossistemas florestais, FOREST-BGC, originalmente desenvolvido por Running and Coughlan (1988), e adaptado por Soares e Chaves (1994). O time do INPE liderará as atividades de modelagem de balanço de água, fixação de carbono, ciclagem de nutrientes, para ajustar e validar o modelo FOREST-BGC a partir de dados tomados nas torres de medição de fluxos do projeto LBA em vários tipos de cobertura em Rondônia. Espera-se que o uso do FOREST-BGC permita combinar dados climatológicos e de cobertura da terra para fornecer meios de simular continuamente a fixação anual de carbono nas plantas e solos, trazendo luz ao conhecimento do papel da vegetação amazônica, tanto original quanto em regeneração, no ciclo regional de carbono. A.6 Estatísticas AgrícolasA.6.1. Estatísticas Agrícolas para Previsão de SafrasAs estatísticas agrícolas são importantes para o País. Alguns países mais desenvolvidos já contam com o envolvimento do sensoriamento remoto em grandes programas de estatísticas agrícolas (CCE, EUA, Canadá). O INPE tem tido um contínuo esforço no desenvolvimento de técnicas de sensoriamento remoto para as estatísticas agrícolas (Epiphanio et al., 1990, 1994, 1996; Epiphanio e Formaggio, 1991; Epiphanio e Huete, 1995; Ortiz et al., 1995; Rudorff e Batista, 1992; Medeiros et al., 1996). O INPE tem participado desde 1986, juntamente com o IBGE, do desenvolvimento de uma metodologia estatístico-amostral para a previsão da safra de diversos produtos. Esta metodologia vem sendo aplicada pelo IBGE em quatro unidades da federação (SC, PR, SP e DF). Em vista dos avanços científicos e tecnológicos nos últimos 10 anos na área espacial e os esforço de pesquisa que vêm sendo realizados, espera-se obter meios de aprimorar o sistema de previsão de safras nos seguintes sentidos: colaborar com o IBGE visando expandir a metodologia para outros estados; incorporar, na avaliação de área plantada, dados de radar, principalmente visando eliminar o problema de indisponibilidade de dados ópticos, devido à freqüente cobertura de nuvens durante o período propício para observação das culturas agrícolas; acoplar modelos agrometeorológicos na sistemática de estatísticas agrícolas, visando uma melhoria na avaliação de produtividade das culturas; avaliar os dados AVHRR/NOAA, que são de baixa resolução espacial e de alta freqüência temporal, como auxiliares no monitoramento evolutivo regional das áreas agrícolas; desenvolver a metodologia atual, que é aplicada em nível estadual, para o nível municipal, com o auxílio de banco de dados e sistemas de informações geográficas; avaliar o acoplamento multitemporal dos dados de satélites nas estatísticas agrícolas. A.7. OceanografiaA.7.1. Sensoriamento Remoto do Oceano
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(Incluir apenas os envolvidos com o
projeto de pesquisa. Iniciar pelos pesquisadores)
| Titulação | ||||
| Gerald Jean Francis Banon | ||||
| Alderico Rodrigues de Paula Júnior | ||||
| Alejandro César Frery Orgambide | ||||
| Antônio Miguel Vieira Monteiro | ||||
| Antônio Roberto Formaggio | ||||
| Athos Ribeiro dos Santos | ||||
| Bernardo Friedrich Theodor Rudorff | ||||
| Célio Estevan Moron | ||||
| Célio Eustáquio dos Anjos | ||||
| Cláudio Sonnenburg | ||||
| Corina da Costa Freitas Yanasse | ||||
| Dalton de Morisson Valeriano | ||||
| Diógenes Salas Alves | ||||
| Evlyn Márcia Leão de Moraes Novo | ||||
| Fernando Pellon de Miranda | ||||
| Flávio Jorge Ponzoni | ||||
| Getulio Teixeira Batista | ||||
| Gilberto Câmara | ||||
| Hermann J. H. Kux | ||||
| João Vianei Soares | ||||
| José Carlos Neves Epiphânio | ||||
| José Hiroki Saito | ||||
| José Luiz Stech | ||||
| Klaus Leite Pinto Vasconcellos | ||||
| Lênio Soares Galvão | ||||
| Liu Chan Chiang | ||||
| Luciano Vieira Dutra | ||||
| Márcio Luiz Vianna | ||||
| Mário Valério Filho | ||||
| Merrit Raymond Stevenson | ||||
| Nelson Delfino d'ávila Mascarenhas | ||||
| Noritsuna Furuya | ||||
| Paulo Veneziani | ||||
| Raimundo Almeida Filho | ||||
| Ricardo Cartaxo Modesto de Souza | ||||
| Sandra Abib |
Continuação...
| Sandra Aparecida Sandri | ||||
| Sherry Chou Chen | ||||
| Thelma Krug | ||||
| Ubirajara Moura de Freitas | ||||
| Vitor Celso de Carvalho | ||||
| Waldir Renato Paradella | ||||
| Yosio Edemir Shimabukuro | ||||
| Ana Lúcia Bezerra Candeias | ||||
| Carlos Alberto Felgueiras | ||||
| Camilo Daleles Rennó | ||||
| Celso Luiz Mendes | ||||
| David C. L. Lee | ||||
| Fábio Furlan Gama | ||||
| Jorge Luís Gavina Pereira | ||||
| José Cláudio Mura | ||||
| José Eduardo Mantovani | ||||
| José Simeão de Medeiros | ||||
| Leila M. Garcia Fonseca | ||||
| Leonardo Sant'Anna Bins | ||||
| Marcos Luiz Mucheroni | ||||
| Maurício Alves Moreira | ||||
| Maycira Costa | ||||
| Pedro Hernandez Filho | ||||
| Sidnei J. Siqueira Sant'Anna | ||||
| Sueli Pissarra C. Ribeiro |
( agrupar por nível: graduação,
mestrado e doutorado)
| Cláudia Zuccari F. Braga | ||||
| João Ricardo de F. Oliveira | ||||
| Álvaro de Albuquerque Arraes | ||||
| Antônio Caetano V. Catalbiano | ||||
| Antônio Henrique Correia | ||||
| Cláudia Linhares Sousa | ||||
| Eduardo C. Gerbe Camargo | ||||
| Eduardo Quesado | ||||
| Eduardo Viegas Dalle Lucca | ||||
| Gustavo Tadeu Zaniboni | ||||
| Ivan Berfier Lima | ||||
| João Freitas Filho | ||||
| Kátia de Castro Matteo | ||||
| Marcelo Gonçalves Gameiro | ||||
| Maria Carolina de Moraes | ||||
| Marília Vidigal Sant'ana | ||||
| Sérgio M. Soares | ||||
(Descrever o perfil do pessoal que possa
eventualmente vir a ser recrutado para o núcleo)
| Candidato | |||||||
| Gerald Banon | Integração de uma caixa de ferramentas morfológicas em uma biblioteca digital e desenvolvimento de um banco de exemplos | Mestre | Computação | Grizelda E. Jara | |||
| Antônio Formaggio | Modelagem de perdas de solo por erosão | Mestre | Sensor. Remoto | Marcelo G. Gameiro | |||
| Alejandro Frery | Desenvolvimento de ferramentas para análise estatística de dados | Mestre | Computação | a ser indicado | |||
| Alejandro Frery | Desenvolvimento de métodos gráficos de análise no uso de cor | Graduado | Engenharia | André F. G. de Abreu | |||
| Alejandro Frery | Desenvolvimento de ferramentas para análise multivariada gráfica | Graduado | Engenharia | André F. L. da Silva | |||
| Corina Yanasse | Desenvolvimento de algorítmos para classificação estatística de imagens SAR | Mestre | Sensor. Remoto | Sidnei J. S. Sant'Anna | |||
| Corina Yanasse | Desenvolvimento de algorítmos para classificação estatística de imagens SAR | Mestre | Sensor. Remoto | Camilo D. Rennó | |||
| Dalton Valeriano | Digitalização de cartas | Graduado | Geografia | a ser indicado | |||
| Dalton Valeriano | Processamento de imagens | Mestre | Sensor.
Remoto | Cláudia Linhares de Sousa | |||
| Diógenes S. Alves | Análise da dinâmica do uso da terra | Mestre | Sensor. Remoto | Jussara Ortiz | |||
| Evlyn M. L. de M. Novo | Estudo do comportamento espectral de água | Graduado | Geografia | a ser indicado | |||
| Evlyn M. L. de M. Novo | Avaliação de impacto em reservatório | Graduado | Computação | a ser indicado | |||
| Getulio T. Batista | Análise da dinâmica do uso da terra | Mestre | Sensoriamento Remoto | Jorge L. G. Pereira |
| João Vianei Soares | Análise da dinâmica do uso da terra | Mestre | Sensoriamento Remoto | Silvia Lacruz | |||
| José C. N. Epiphânio | Estatísticas agrícolas | Graduado | Eng. Agronômica | a ser indicado | |||
| José H. Saito | Desenvolvimento de algorítmos paralelos | Graduado | Computação | Roxana Moron | |||
| Luciano Dutra | Elaboração e teste de algorítmos de classificação de textura | Mestre | Computação | Sérgio D. Faria | |||
| Luciano Dutra | Elaboração e teste de algorítmos de classificação de textura | Mestre | Sensoriamento Remoto | Gerardo Kuntschik | |||
| Márcio Vianna | Manutenção e desenvolvimento de software | Mestre | Computação | a ser indicado | |||
| Nelson Mascarenhas | Aplicação de técnicas de fusão de imagens | Graduado | Computação | a ser indicado | |||
| Ricardo C. M. de Souza | Desenvolvimento de software | Graduado | Computação | Missae Yamamoto | |||
| Ricardo C. M. de Souza | Desenvolvimento de software | Graduado | Computação | Mary Minamoto | |||
| Waldir Paradella | Avaliação do SIR-C em geologia | Mestre | Sensoriamento Remoto | Eymar Lopes | |||
| Waldir Paradella | Avaliação do RADARSAT em geologia | Mestre | Sensoriamento Remoto | Marília Vidigal Sant'ana |
O Sensoriamento Remoto está rapidamente tornando-se mais e mais complexo; mas o aumento de complexidade não necessariamente implica que seja cada vez mais valioso. De fato, a falta de uma aceitação tecnológica maior pelo usuário potencial pode significar o paradoxo de que, na medida em que a tecnologia evolui tornando-se mais complexa, ela pode tornar-se menos acessível. Assim, Sensoriamento Remoto por mais tecnologia de ponta que possa ser, não deve ser considerado como um fim em si próprio. Neste contexto, a arte está, em como transformar o dado adquirido em diferentes condições (a centímetros de distância do alvo com um espectrorradiômetro de campo ou distâncias de quilômetros com um sensor orbital), diferentes sensores (multiespectral, hiperespectral, radar, etc.), analisados visual ou digitalmente de modo isolado ou integrado com outros dados, em uma informação efetiva, útil ao usuário. Neste contexto, uma discussão metodológica que englobe atividades tão distintas, só pode ser feita, de um modo idealizado, que leve em conta os diferentes estágios da abordagem em Sensoriamento Remoto, quais sejam: (1) aquisição do dado, (2) correção ou pré-processamento, (3) processamento, (4) análise, (5) verificação de campo, (6) integração, (7) obtenção da informação e (8) disseminação. A seguir, estas etapas são discutidas:
Referências
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Um dos aspectos mais relevantes da proposta é o grande potencial de transferência dos resultados esperados para a sociedade. A equipe do Núcleo proposto reúne pesquisadores nos domínios de aplicação e no desenvolvimento de software para Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento Ambiental, o que permite uma sinergia única no País na apropriação pela sociedade dos resultados de pesquisa. Com efeito, além do grande potencial de transferência representado pela Pós-Graduação em Sensoriamento Remoto (curso de Mestrado que com a implementação do Núcleo deverá ser complementado pela criação do Doutorado), a capacidade de desenvolvimento de algoritmos e sistemas apresenta duas características importantes:
O INPE pretende manter e ampliar sua política de difusão tecnológica na área de software. Em essência, esta política pretende reduzir ao mínimo os custos de introdução da tecnologia de Geoprocessamento nas diferentes instituições. Na prática, as instituições de pesquisa e desenvolvimento conveniadas com o INPE tem recebido o software SPRING sem qualquer ônus, encarregando-se ainda a equipe do núcleo de fornecer treinamento e atendimento aos usuários. Dentre os objetivos da área de Observação da Terra do INPE, consta a transferência do conhecimento técnico científico adquirido no Instituto através de suas próprias pesquisas ou como resultado dos diversos intercâmbios mantidos com instituições nacionais e internacionais. Esta transferência de conhecimento é assegurada de diversas formas, sendo as mais tradicionais listadas abaixo: (1) Curso de Mestrado em Sensoriamento Remoto
Criado em 1972, este curso já formou mais de 150 mestres em Sensoriamento Remoto distribuídos em todas as regiões do país. A maior parte desses mestres continuam atuando na área (Sausen, 1994), quer em instituições de pesquisa, universidades ou em empresas privadas criadas para atender uma crescente demanda de serviços de aplicação de sensoriamento remoto. Convém ressaltar que o Curso de Mestrado em Sensoriamento Remoto do INPE tem conceito A pela CAPES. Este órgão entendeu também que o Instituto estaria preparado e com amplas condições de propor a criação de um curso de doutorado em sensoriamento remoto, sugestão esta que já está sendo amplamente discutida para breve implementação. (2) Curso Internacional de Sensoriamento Remoto
Hoje no seu décimo ano, o Curso Internacional de Sensoriamento Remoto foi criado a partir de uma solicitação das Nações Unidas ao INPE, para que promovesse um curso de especialização em sensoriamento remoto visando treinar especialistas em recursos naturais provenientes de países em desenvolvimento. A finalidade era solucionar o problema da escassez de especialistas na áreas de sensoriamento remoto nesses países. Desde sua criação, mais de 100 especialistas latinoamericanos foram treinados no INPE através do Curso Internacional. Nos últimos 3 anos, o Curso tem admitido também alunos provenientes de instituições brasileiras, principalmente das regiões norte/nordeste do país. O curso tem carga horária de 750 horas, e duração de 7 meses, em regime de dedicação exclusiva. (3) Cursos de Treinamento de Curta Duração
A transferência do conhecimento científico se processa também na forma de cursos de curta duração (2-3 semanas), através de solicitação de instituições públicas ou privadas interessadas. Os cursos são adaptados de forma a atender as necessidades de treinamento específicas de cada instituição. Normalmente, esses cursos atendem entre 20-30 participantes. Em casos excepcionais, o Instituto oferece também a possibilidade de treinamento dirigido. Neste caso, o interessado permanece na Instituição por tempo indeterminado (1-3 meses), e tem a oportunidade de interagir diretamente com os pesquisadores que atuam na sua área de interesse específico. |
Papel da Pós-Graduação em Sensoriamento Remoto no Núcleo PropostoA Pós-Graduação em Sensoriamento Remoto - CPG-SER iniciou-se no INPE em 1972. Então, o conhecimento e uso de dados de sensores remotos, que não fossem fotografias aéreas, era praticamente inexistente. Os conceitos, técnicas, instrumentos, e conhecimentos próprios ao sensoriamento remoto eram praticamente desconhecidos da comunidade brasileira. No início do programa de capacitação em sensoriamento remoto no INPE fez-se uso de profissionais de diversas áreas correlatas do conhecimento e, com o tempo, o programa evoluiu para a forma estruturada que hoje conhecemos. Se, no início, a formação de pessoal foi voltada especialmente para formação de quadro próprio do INPE, a partir de fins dos anos 70 praticamente todos os mestres egressos foram contratados pelo mercado de trabalho externo ao INPE. É importante ressaltar que a maioria absoluta dos egressos continuaram e continuam exercendo suas atividades em sensoriamento remoto, sem terem partido para outros campos de atividades. Contam-se a mais de 150 os Mestres em Sensoriamento Remoto egressos desse programa mantido pelo INPE. O esforço de formação de pessoal em Sensoriamento Remoto pelo INPE ao longo desse tempo permitiu o estabelecimento e a consolidação de uma massa crítica capaz de promover concretamente essa área no País. Apenas a título de exemplo, grande parte do programa de implantação de laboratórios de sensoriamento remoto pelo País, financiado pela FINEP, só foi possível graças a profissionais egressos do CPG-SER. Atualmente, há núcleos de sensoriamento remoto em praticamente todas as universidades de relevo e em inúmeras empresas e instituições governamentais. Até mesmo na iniciativa privada foi grande o impacto do CPG-SER, haja vista que empresas privadas de renome tiveram e têm seu núcleo diretor em egressos do CPG-SER. Vê-se que o CPG-SER tem tido acentuado impacto na difusão, e aplicação desenvolvimento do sensoriamento remoto no País. Internamente ao INPE, a pós-graduação tem um peso importante nas atividades de pesquisa e desenvolvimento em sensoriamento remoto. Há uma estreita colaboração entre estudantes e pesquisadores, tanto é que muitos dos trabalhos publicados contam com a participação dos estudantes. Ao mesmo tempo, incentiva-se fortemente o amadurecimento científico rápido dos alunos através de participação em congressos e publicações. Por exemplo, mais de dez estudantes estiveram no último Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, contando com o apoio institucional do INPE. Uma outra característica do CPG-SER é o seu elevado nível científico. Isso pode ser atestado não só pelas avaliações pessoais daqueles que participam de alguma forma de atividades junto à Área de Sensoriamento Remoto do INPE, mas também pelas avaliações objetivas da CAPES. Pelas últimas avaliações da CAPES temos tido conceito A. Isso é um forte indicador de excelência da Área, haja vista que dos 32 Cursos de Mestrado na Área de Geociências avaliados, apenas 4 obtiveram tal conceito. Diante do quadro de excelência atingido pelo Curso de Mestrado e diante de recomendações da CAPES, estamos em processo de implantação do Programa de Doutoramento em Sensoriamento Remoto. Tal iniciativa, há tempos desejada, permitirá que haja maior fixação de alunos em projetos de pesquisa de duração mais longa e de maior profundidade. Atualmente, como os mecanismos de fixação de profissionais de gabarito não são adequados, perdem-se valores que poderiam servir para o avanço científico do sensoriamento remoto. A implantação do Doutoramento dará uma perspectiva ainda maior ao grupo de pesquisa que agora está se aplicando para o Pronex.
No CPG-SER conta-se com mais de 30 docentes com nível de doutorado e com um universo de 60 alunos das mais diversas formações. O Regimento dos Cursos de Pós Graduação do INPE estabeleceu uma redução no tempo de conclusão dos Programas de Mestrado para 42 meses, com perspectiva de redução para 36 meses. Os créditos, no CPG-SER, são cumpridos em três períodos de três meses (primeiro ano) e estamos conseguindo fazer com que as dissertações concluam-se com mais 18 meses, com esforços para redução desse tempo. As disciplinas do Programa são: princípios físicos de sensoriamento remoto, introdução aos sensores remotos, estatística: aplicações em sensoriamento remoto, sensores remotos I e II, comportamento espectral de alvos, geoprocessamento I e II, vegetação: classificação e comportamento espectral, métodos estatísticos multivariados e algumas aplicações ao sensoriamento remoto, sensoriamento remoto do clima, processamento digital de imagens de sensores remotos, interpretação visual de dados, oceanografia por satélite, sensoriamento remoto de sistemas aquáticos: ênfase ao espectro solar refletido, tópicos avançados em sensoriamento remoto, sensoriamento remoto em geomorfologia, sensoriamento remoto agrícola, fotogeologia com imagens orbitais, tópicos especiais em florestas: fitogeografia e aplicações de sensoriamento remoto. Como se vê, as disciplinas cobrem um vasto leque de temas que dão ao nosso programa uma dimensão formativa difícil de ser igualada. Ao mesmo tempo, dada sua abrangência, conduz naturalmente à implantação do doutorado. As linhas de pesquisa são: pesquisa e aplicações temáticas (ambiente, agronomia, oceanografia, vegetação, geologia, geografia, etc.), geoprocessamento, microondas e novas tecnologias, sensoriamento remoto na Amazônia, meteorologia por satélite. Como a gama de assuntos é ampla, o número de alunos que procuram o INPE para se inscreverem no Curso de Mestrado em Sensoriamento Remoto é grande. Isso leva a uma natural necessidade de exame de seleção, aplicado a todos os alunos inscritos, exceto aos do PECPG. Em geral, o número de candidatos ao CPG-SER tem sido bem acima do número de vagas oferecido. Outras importantes atividades em nível de pós-graduação são o Curso Internacional de Especialização em Sensoriamento Remoto e os Cursos de Treinamento em Sensoriamento Remoto promovidos pelo INPE. Nesses programas está envolvido grande parte do pessoal participante do Nucleo, tanto a nível de docência quanto de orientação. O Curso Internacional já está em sua 11a edição, e é promovido com apoio da ONU. Inicialmente, alternavam-se anualmente as turmas entre alunos da África e alunos da América Latina. Nos anos mais recentes, a procedência dos alunos é do Brasil e de países da América Latina. Tem-se recebido ao redor de 10 alunos anualmente, para um programa de especialização de um ano. Os alunos têm uma parte teórica de aproximadamente 4 meses, e o restante do tempo envolve o desenvolvimento de um trabalho de pesquisa. Os cursos de Treinamento em Sensoriamento Remoto são um esforço de mais de 15 anos de transferência do conhecimento de sensoriamento remoto pelo País. Foram verdadeiramente inúmeros os cursos dessa natureza aplicados pelo INPE nas mais diferentes instituições. Isso foi um fator de grande difusão do sensoriamento remoto, e um fator de reconhecimento do INPE no País. A característica desses curso é o de serem de curta duração (1-2 semanas), com uma parte teórica, e onde há um direcionamento da parte prática de acordo com as formações específicas do grupo. Em conclusão, pode-se dizer que o CPG-SER tem tido papel de destaque no desenvolvimento de pesquisa em sensoriamento remoto e que, com o processo de implantação do doutorado, haverá uma dinamização ainda maior da área. Também pode-se afirmar que nosso papel na formação de pessoal nos níveis mais inferiores da escala de pós-graduação tem sido de alta relevância não só para o Brasil, mas também para os Países vizinhos. |
Adicionalmente às atividades de pesquisa, às atividades acadêmicas e de transferência de tecnologia, o grupo de Sensoriamento Remoto do INPE desenvolve várias atividades de extensão. Dentre essas, citam-se o apoio à Universidades nos seus cursos de sensoriamento remoto, atividades de consultoria, organização de eventos relacionados ao sensoriamento remoto, elemento de interface projeto-universidade/instituto de pesquisa/empresa, e criação de banco de dados temáticos. Essas atividades são mais detalhadamente descritas a seguir: 1. Apoio à Universidades nos seus cursos de sensoriamento remoto (graduação, pós-graduação e de extensão universitária)
A disciplina sensoriamento remoto vem sendo progressivamente incluída nos currículos dos cursos de ciências naturais e muitas Universidades estão criando seus próprios laboratórios para análise visual de imagens, processamento de imagens digitais e utilização de sistemas de informação geográfica. O Instituto tem apoiado essas iniciativas, auxiliando nas especificações dos laboratórios de sensoriamento remoto, permitindo a permanência de técnicos especializados in loco para assegurar sua adequada implementação, e viabilizando a participação de pesquisadores em atividades acadêmicas que não podem ser suportadas pela própria Instituição. Exemplos dessa natureza incluem o apoio ao Curso de Mestrado em Sensoriamento Remoto da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo, Departamento de Geociências da UNESP, Universidade do Vale do Paraíba, entre outros. 2. Consultorias
Dentre as atividades de consultoria desenvolvidas pela equipe de sensoriamento remoto do INPE pode-se citar aquela desenvolvida junto à Secretaria de Assuntos Estratégicos, dentro do Programa de Zoneamento Ecológico-Econômico do Território Nacional (ZEE). Além das atividades de cunho técnico-científico, o INPE teve um papel fundamental na criação dos laboratórios do ZEE nos nove estados da Amazônia Legal, e na capacitação do pessoal para operar nos referidos laboratórios. Essa capacitação requereu um esforço contínuo de mais de dois anos de uma equipe de cinco especialistas em sensoriamento remoto nas áreas de geologia, geomorfologia, vegetação, pedologia e radar. Como resultado desta capacitação, todos os laboratórios do ZEE da Amazônia Legal podem gerar os mapas de vulnerabilidade natural de seu estado, que é uma das etapas da metodologia do ZEE. As equipes serão agora capacitadas para produzir mapas de potencialidade dos sistemas ambientais. Para assegurar um acompanhamento permanente das equipes do ZEE na Amazônia, um pesquisador da área de sensoriamento remoto está há mais de 18 meses no Laboratório do ZEE no estado do Amapá. Outras atividades de consultoria são desenvolvidas junto às empresas privadas que atuam na área de sensoriamento remoto e geoprocessamento. Este suporte, também contemplado no regimento interno da área de Observação da Terra, permite que as prestadoras de serviço nesta área acompanhem o estado-da-arte da tecnologia de sensoriamento remoto, e permite que o Instituto se adeque à demanda de serviços exigidos pela comunidade usuária. 3. Organizações de eventos relacionados à áreaA organização do Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, desde a sua criação em 1972, tem sido conduzida pelo INPE, em conjunto com outras Sociedades, tais como a Sociedade Brasileira de Cartografia, Geodésia e Sensoriamento Remoto (SBC) e a Sociedade Latinoamericana de Sensoriamento Remoto e Sistemas de Informações Espaciais (SELPER). Evento único na área de sensoriamento remoto, o Simpósio Brasileiro é hoje um evento que congrega mais de 500 participantes. Na sua última versão, todos os trabalhos submetidos foram na sua versão final e foram referenciados por no mínimo três pesquisadores de renome nacional e internacional que atuam nas áreas de sensoriamento remoto e geoprocessamento. Foi também o primeiro evento no Brasil a produzir os anais na forma de CD-ROM científico, com busca por autor, por tema, e por área de interesse (radiometria, processamento de imagens, geologia, oceanografia, vegetação, microondas, etc.). Ano a ano, o número de eventos organizados pela Instituição vem crescendo, a exemplo das Jornadas de Educação em Sensoriamento Remoto a ser realizado em Florianópolis em novembro de 1997, as Primeras Jornadas Latinoamericanas de Percepción Remota por Radar: Técnicas de Procesamiento de Imágenes, organizado pelo INPE e a CONAE, com apoio da SELPER, da Universidade Federal de Pernambuco, e a European Space Agency (ESA), a se realizar em Buenos Aires em dezembro/96 e o Curso de Sensoriamento Remoto para Tomadores de Decisão, organizado anualmente pelo INPE e a SELPER/Brasil.
Está prevista a realização de um Workshop anual de Sensoriamento Remoto envolvendo a participação do membros do Núcleo aberta à comunidade científica para discussão e avaliação dos resultados obtidos. 4. Elemento de interface projeto-universidade/instituto de pesquisa/empresaDentre as atividades de extensão praticadas pelos pesquisadores da área de sensoriamento remoto, uma de especial relevância está relacionada à capacidade de disseminação de propostas científicas à comunidade atuante na área de sensoriamento remoto e geoprocessamento. Esta atividade não é de transferência de tecnologia, visto que a sua função é mais de disseminação de oportunidade e motivação, do que de transferência de conhecimento científico propriamente dito. Um exemplo recente deste tipo de experiência foi o Projeto GLOBESAR-2, cujo objetivo focal era o de ampliar os conhecimentos do potencial de dados de radar em atividades de planejamento e manejo de recursos naturais. O programa visava também oferecer a oportunidade dos participantes utilizarem os dados do satélite RADARSAT para aplicações específicas dentro de suas áreas de atuação.
A capacidade aglutinadora da equipe de sensoriamento remoto do INPE permitiu que recentemente dentro do programa GLOBESAR-2 (cooperação INPE/CCRS) 28 propostas fossem submetidas ao Canadá, através do CCRS e da CIDA, visando acesso aos dados do RADARSAT-1 para a comunidade nacional em projetos de pesquisa de avaliação em diferentes aplicações. Essas propostas, abaixo relacionadas, demonstram claramente o poder de motivação da equipe, promovendo a possibilidade de outros grupos científicos aumentar sua capacidade de desenvolver projetos com dados de novos sensores, com baixo ou nenhum custo envolvido. 1. Title: "Multidate Radar Data for Study of Dynamic of Sedimentary Environments of Bragança Coastal Plain, Northeast of Pará, Brazil" P.I.: Dr. Maâmar El-Robrini (Federal University of Pará)
Address: Federal University of Pará (UFPa), Campus Universitário, Caixa Postal 8617, Belém, 66075-110, Belém, Pará, Brazil. 2. Title: "Multidate Radar Data for Study of Sedimentary Environments of Bay of São Marcos, Maranhão, Brazil" P.I.: Dr. Maâmar El-Robrini (Federal University of Pará)
Address: Federal University of Pará (UFPa), Campus Universitário, Caixa Postal 8617, Belém, 66075-110, Belém, Pará, Brazil. 3.Title: " Serra do Pardo (PA) Project" P.I.: Geologist Mário Ivan Cardoso de Lima (IBGE/DIGEO/N) Address: IBGE/DIGEO/N (ex-RADAMBRAZIL Project), Av. Gentil Bittencourt, 418 -CEP 66035-340-Belém/PA.
Phone: (091) 223-8707. Fax: (091) 223-8553. 4. Title: "RADARSAT Imagery compared with TM-Landsat data: The Geotectonic Modelling of the Camaquã and Santa Barbara Early Godwana Basins, Southern Brazil" P.I.: Dr. Teodoro Isnard Ribeiro de Almeida (Geoscience Institute, University of São Paulo)
Address: Geoscience Institute (IGc), University of São Paulo (USP), Rua do Lago, 562, Cidade Universitária, São Paulo, CEP 05508-900. Phone: 55-11-818-4144, Fax: 55-11-2104958, E-mail: Tirdal@usp.br. 5. Title: "Magmatic Evolution and Metallogenic of the Rare-Metal Bearing Granites of the Amazonian Craton" P.I.: Dr. Jorge S. Bettencourt (Geoscince Institute, University of São Paulo)
Address: Geoscience Institute (IGc), University of São Paulo (USP), Rua do Lago, 562, Cidade Universitária, São Paulo, CEP 05508-900. Phone: 55-11-818-4205. Fax: 55-11-818-4207. 6. Title: "Application of RADAR Imagery in Geology and Vegetation in Southern Brazil" P.I.: Prof. Clóvis Carlos Carraro (Remote Sensing Center/Federal University of Rio Grande do Sul/Department of Geodesy) Address: Federal University of Rio Grande do Sul (UFRGS). Av. Bento Gonçalves, 9500, Campus do Vale,
Cx. Postal 14055, CEP 91501-970. Porto Alegre-RS. Phone: 55-051-316-6221.Fax: 55-051-336-5011. 7. Title: "The Proterozoic Granitic Magmatism in Southern Guiana Shield" P.I.: Albertino de Souza Carvalho (Geoscience Department, Federal Amazonas University)
Address: Geoscience Department (ICE), Amazonas University (FUA), Manaus-AM. Av. Otávio J. Ramos, 3000, Campus Universitário, Manaus, Amazonas. CEP 69.077-000. Phone: (092) 644-1510. 8. Title: "Comparison of Airborne Radar and Radarsat data for Gold Exploration in the Rio Itapecuru Greenstone Belt, Ba, Brazil" P.I.: Dr. Alvaro P. Crósta (Geoscience Institute, State University of Campinas/UNICAMP)
Address: Rua Pandiá Calogeras 51, P. O. Box 6152, 13081-970, Campinas, S. P. Phone: 55-192-397352, Fax: 55-19-239-1562, E-mail: alvaro@ige.unicamp.br. 9. Title: "Structural Geology and Metalogenetic Potential of Northeast of Roriama State, Brazil" P.I.: Dr. João B. Sena Costa (Centre for Geoscience, Federal University of Pará)
Address: Federal University of Pará (Centre for Geoscience), Av. Augusto Correa S/N, Guamá, P. O. Box 1611, Belém, Pará. Phone: (091) 211-1107, Fax: (091) 211-1609. 10. Title: "Radarsat Structural Mapping: Applications to Neotectonic Studies in Coastal Areas and in Polydeformed Precambrian Rocks of the Tropical Semi-Arid Terrains of the Brazil" P.I.: Dr. Emanuel F.J. de Sá. Department of Geology, Federal University of Rio Grande do Norte (UFRN) Address: Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências Exatas, Departamento de Geologia, Caixa Postal 1639, CEP: 59.072-970. Natal -RN. Phone: (084) 231-9809. Fax: (084) 231-9749,
E-mail: emanuel@geologia.ufrn.br. 11.Title: "Geological and Geotechnical Cartography of Curitiba Northern Region" P.I.: Dr. Alberto Pio Fiori, Paraná Federal University, Department of Geology.
Address: Universidade Federal do Paraná, Departamento de Geologia, Jardim das Américas, CEP 81531-990, Curitiba, Paraná, Brasil. Phone e Fax: (041) 266-2393, E-mail: fiori@setuva.geologia.ufpr.br. 13. Title: "RADARSAT in the Hydrocarbon Exploration" P.I.: Dr. Raimundo Almeida Filho (INPE/PETROBRAS)
Address: INPE (DSR/OBT). Av dos Astronautas 1758, C.P. 515, São José dos Campos, S.P. CEP 12227-010,Phone: 55-123-256478, Fax: 55-123-229325, E-mail: raial@ltid.inpe.br 14: Title: "Amazon Basin RADARSAT Evaluation Project" P.I.: Dr. Fernando Pellon de Miranda (PETROBRAS/CENPES) Address: PETROBRAS/CENPES, Cidade Universitária, Ilha do Fundão, Rio de Janeiro, RJ, 21949-900,
Brazil. Phone: 55-21-598-6430. Fax: 55-21-598-6792. E-mail: fmiranda@cenpes.petrobras.gov.br. 15. Title: "Investigation of RADARSAT Possibilities in the Study of Metropolitan Areas" P.I.: Dr. Celina Foresti (Bioscience Institute, UNESP, Rio Claro, São Paulo)
Address: Instituto de Biosciência, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Campus de Rio Claro, Departamento de Ecologia. Av. 24-A, 1515, Bela Vista, Rio Claro, CEP 13.506-970, Phone: (0195) 34-0244, Fax: (0195) 34-0009. 16.Title: "Using RADAR Images for Urban Environment Classification to Update Land Use Maps: A Case Study" P.I.: Prof. Sandra M. F. da Costa (University of Vale do Paraíba-UNIVAP)
Address: Praça Cândido Dias Castejon, 116, São José dos Campos, CEP 12245-720. Phone: (0123) 222355. 17. Title: "Assessing Land Use and Occupation in the Vão do Paranã Depression Through Microwave and Optical Images" P.I.: Prof. Laerte G. Ferreira Junior (Federal University of Goiás/Department of Geography)
Address: University Federal de Goiás (UFG), Department of Geography (IQG), Campus II, Goiânia, Goiás, CEP 740001-970. Phone: 011-55-062-205-1471, Fax: 011-55-062-205-1471, E-mail: laerte@ufg.br. 18.Title: "Evaluation of the Geometry Quality of the RADASAT Images" P.I.: Valério Barbosa da Silva-National Institute for Colonization and Settlement (INCRA)
Address: Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). Av. André Araújo 901, Aleixo, Manaus, Amazonas, CEP 69.060-010. Phone: 092-642-3388 (extension 196), Fax: (092) 642-3445. 19. Title: "Evaluation of RADARSAT Data for Agricultural Purposes" P.I.: Dr. José C. N. Epiphânio (INPE) Address: National Institute for Space Research (INPE), Remote Sensing Division (DSR)
Av. Astronautas 1758, São José dos Campos, São Paulo, CEP 12227-010. Phone: 123-25-6505, Fax: 123-256440, E-mail:epiphânio@ltid.inpe.br. 20.Title: "Evaluation of Sewage Assimilation in Mangrove" P.I.: Dr. Archimedes Perez Filho (State University of Campinas/UNICAMP)
Address: UNICAMP, Caixa Postal 1170, 13083-970, Campinas, São Paulo. Phone: 55-19-239-3116, Fax: 55-19-239-8660, E-Mail: Preac@turing.unicamp.br. 21. Title: "Multitemporal Analysis from a Equatorial Coastal-Plain, Amapá State, Brazil" P.I.: Dr. Maria Thereza Prost (Paraense Emílio Goeldi Museum)
Address: Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi, Av. Magalhães Barata 376, São Brás, Belém, CEP 66040-170, Pará. Phone: 091-249-0793, Fax: (091) 249-0466, E-mail: promar@marajo.secom.ufpa.br or odete@marajo.secom.ufpa.br. 22. Title: "Use of RADARSAT Data to Infer Surface Oceanic Circulation in the Victoria-Trindade Sea Mount chain: A Feasibility Study-VITRISAR" P.I.: Dr. João A. Lorenzetti (INPE/DSR/OBT)
Address: Av. dos Astronautas 1758, C. P. 515, São José dos Campos, S.P., CEP 12227-010, Phone: 55-123-256485, Fax: 55-123-229325, E-mail: loren@ltid.inpe.br. 23. Title: "Ocean Surface Features in the Southern Brazilian Waters Using SAR Imagery" P.I.: Dr. Carlos A. E. Garcia. Department of Physics, Laboratory of Physical Oceanography, University of Rio Grande (URG)
Address: Rua Eng. Alfredo Huch, 475, CEP 96201-900, Rio Grande, RS, Phone/Fax: 55-532-30-1194, E-mail: dfscaeg@cpd.furg.br. 24. Title: "Integrated Landscape: Analysis Through RADARSAT Images" P.I. : Dr. Gilberto J. Garcia. Instituto de Geociência e Ciências Exatas (UNESP)
Address: Av. 24-A, 1515, Rio Claro, S. Paulo, CEP 13506-900, Phone: 55-195-24-9622, Fax: 55-195-24-9622, E-mail: gilberto@ceapla.uesp.ansp.br. 25.Title: "The Application of Remote Sensing Techniques with emphasis to the RADARSAT in the Tectonic-Sedimentar Characterization of the Coastal and Marine Environments of the Central-North Coast of Santa Catarina/Brazil" P.I.: Prof. Rosana M. Rodrigues. University of the Itajaí Valley
Address: Universidade do Vale do Itajaí, Faculdade de Ciências do Mar, Curso de Oceanografia, Laboratório de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto. C.P. 360, CEP 88302-202, Itajaí, Santa Catarina, Phone: 55-47-344-7566, Fax: 55-47-344-7633, E-mail: univali@mbox1.ufsc.br. 26.Title: "Evaluation of SAR to Data Acquisition of Floading and Vegetation in the Pantanal-Brazil" P.I.: João dos Santos Vila da Silva, EMBRAPA/CPAPantanal. Address: EMBRAPA/CPAPantanal , Rua 21 de Setembro, 1880. Corumbá, MS, CEP 79320-900. Fax: 55-067-231-1011, Phone: 55-067-231-1430. 27. Title: "The Study of Fracture System on Cristalline Rocks (Aquifers) in Central Region of Goiás" P.I.: Dr. Paulo R. Meneses, University of Brasília.
Brasília Geosciences Institute, Applied Geology Department, Remote Sensing Lab- Brasília, Campus da UnB, DF, Brazil, CEP 70910-900. Phone: 061-348-2872, Fax: 061- 347-4062. 28. Title: "The Geoenvironmental Diagnostic of the Quadrilátero Ferrífero-Municipal Districts, Minas Gerais" P.I.: Prof. Carlos Magno Ribeiro, Instituto de Geociências Aplicada/CETEC
Address: Rua Itambé, 49. Floresta- CEP 30150-150, Belo Horizonte, M.G., Fax: 031-201-1840, Phone: 031-201-1711 |
(a) NacionalMuitas das atividades desenvolvidas pela equipe de pesquisadores em sensoriamento remoto do INPE são complementares àquelas desenvolvidas em outros institutos de pesquisa. Uma cooperação desta natureza se desenvolve, por exemplo, com o IBAMA, através dos estudos de desflorestamento da Amazônia Legal e do Sistema de Detecção de Queimadas por Satélite. Continuamente, esses estudos são aprimorados para melhor atender as necessidades de fiscalização e controle daquele órgão federal, dando suporte para que as ações do governo sejam mais eficientes. O trabalho de campo realizado pelo IBAMA, tanto para controle de desmatamentos quanto de queimadas, dá suporte para o desenvolvimento de técnicas de sensoriamento remoto cada vez mais aprimoradas. Cooperações desta natureza orientam o grupo de pesquisa em sensoriamento remoto para investigações voltadas a atender reais necessidades do país. É fundamental mencionar que foi através dos resultados apresentados pelo Instituto, tanto relacionados ao PRODES (PROjeto de DESflorestamento) quanto ao Sistema de Detecção de Queimadas que se conseguiu desmistificar a crença internacional de que o Brasil desvastava suas florestas tropicais numa taxa insuportávelmente alta. A credibilidade adquirida pelo país no tocante às estimativas de suas taxas anuais de desflorestamento da Amazônia Legal é inquestionável. Parte desta credibilidade se deve ao fato do INPE tornar transparente a metodologia adotada, convidando várias instituições internacionais de reconhecido mérito para avaliar e opinar sobre o projeto em todas as suas fases. Foram também os estudos do INPE voltados ao uso de dados da banda termal do sensor AVHRR a bordo do satélite meteorológico NOAA para detecção de queimadas que se criou no IBAMA um grupo especial denominado PREVFOGO, encarregado pelo controle e fiscalização de queimadas no país. Os dados do INPE também servem de apoio às ações de controle e fiscalização das Secretarias do Meio Ambiente de São Paulo e Mato Grosso. Outro exemplo de cooperação complementar se desenvolve entre o INPE e a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), para suporte ao Programa de Zoneamento Ecológico-Econômico do Território Nacional (ZEE). A SAE é responsável por apoiar financeira e tecnicamente a execução deste Programa nos Estados da Federação, e o faz apoiada na Comissão Coordenadora do ZEE, criada por decreto federal em 1990. A cooperação com a SAE exigiu uma adaptação da equipe de pesquisadores de sensoriamento remoto do INPE para atender as exigências conceituais do programa, que implica em um cruzamento de conhecimentos sobre fatos fisiográficos e ecológicos com fatos da conjuntura econômica, demográfica e social da região. O zoneamento ecológico-econômico pressupõe a adoção de um enfoque holístico e de uma visão sistêmica visando estabelecer as relações entre os sistemas físico-bióticos e sócio-econômicos que caracterizem os denominados sistemas ambientais. Pressupõe também o zoneamento como um processo dinâmico de avaliação da estabibilidade, da vulnerabilidade e da potencialidade desses sistemas. A contribuição do INPE no ZEE se dá na etapa de elaboração da síntese do quadro físico (síntese geológica, síntese climática e hidrológica, síntese geomorfológica, síntese pedológica), a qual é integrada com a síntese biótica e síntese do quadro sócio-econômico. Atividades complementares àquelas desenvolvidas no INPE promovem um desenvolvimento metodológico integrado visando atender uma necessidade nacional, qual seja a da ocupação ordenada do território nacional. Outros exemplos de cooperação a nível nacional, é o desenvolvido com o Museu Emilio Göeldi (PA). A partir do uso de imagens de satélite, de fotografias aéreas obtidas através de sobrevôo com a aeronave do INPE, e de intenso trabalho de campo caracterizando o perfil fisionômico-estrutural de diferentes classes de vegetação, foi possível se quantiticar as áreas ocupadas por diferentes tipos de vegetação (florestas de terra-firme, de igapó, de várzea) na área da Estação Científica Ferreira Penna, na Reserva Florestal de Caxiuanã. É interessante observar que o inventário florestal da Estação levaria mais de 2000 anos para ser realizado, se apoiado somente em trabalho de campo. Uma forte cooperação se desenvolve também com a EMBRAPA, principalmente no que se refere ao teste do software de processamento digital de imagens desenvolvido por pesquisadores da área de processamento de imagens e sistemas de informações geográficas. Esta cooperação permite que potenciais usuários do software desenvolvido no INPE participem de algumas fases de seu desenvolvimento, favorecendo a introdução de um produto no mercado que atenda mais eficientemente as necessidades dos usuários nacionais. Também com a EMBRAPA/CPAP se desenvolveu um projeto multidisciplinar, recente, sobre a área do Pantanal Matogrossense. Este projeto contou com a participação de 30 especialistas das duas instituições, que, em estreita cooperação, complementavam as suas formações de conhecimento de campo e interpretação de imagens de diferentes sensores (óticos e de radar) para gerar mapeamentos geomorfológicos, de vegetação, de uso da terra, de erosão, entre outros. O projeto, denominado MULPAN (Avaliação de MULti sensores em estudos no PANtanal), teve duração de 24 meses, e resultou em um atlas digital contendo as cartas temáticas do projeto e em um workshop, organizado pelo INPE e a EMBRAPA. O evento, denominado Encontro sobre Sensoriamento Remoto aplicado a estudos no Pantanal, foi realizado em Corumbá em 1995 e reuniu mais de 300 pessoas da região. Na oportunidade, foram apresentados os resultados do projeto à comunidade científica da região. Abriu-se também a oportunidade para participação de pesquisadores de outras instituições, promovendo um melhor conhecimento da região pantaneira e dos diversos ecossistemas que a compõe. Outro exemplo de importante cooperação nacional é desenvolvido com a Fundação SOS Mata Atlântica, envolvendo o mapeamento dos remanescentes de florestas da Mata Atlântica. Esta cooperação, que se dá intensamente em todas as fases do projeto, gerou o mapeamento dos remanescentes no período 1985-1990, e está em fase final para o período 1990-1995. Este projeto é um exemplo de atuação do Instituto juntamente com uma Fundação e uma empresa privada executora do projeto, permitindo que todos os três segmentos se beneficiem mutuamente de suas capacidades específicas. Recentemente foram aprovados dois projetos do INPE dentro do programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil, Subprograma de C&T - PP/G7, Projeto de Pesquisa Dirigida (PPD) Chamada 01 - Núcleo Temático 01 (Estudo sobre Estrutura e Funcionamento dos Ecossistemas Amazônicos Análise dos Efeitos da Ação Antrópica sobre os Processos Ecossistêmicos) do MCT/SECOP que consolidarão efetivamente, a cooperação do INPE com o INPA e os diversos laboratórios regionais de Sensoriamento Remoto.
Cabe por último mencionar, que em termos de aplicação geológica, uma estreita cooperação ocorre com: (1) o CENPES/PETROBRÁS no uso da tecnologia de Sensoriamento Remoto e de Geoprocessamento na pesquisa de gás e de hidrocarbonetos (Região da Bacia do Tucano Norte); (2) com a DOCEGEO (Grupo CVRD) na avaliação de dados de radar do SAREX'92 e do RADARSAT-1 em pesquisa mineral (Província Mineral de Carajás) e (3) com a CPRM (SUREG-Belém e DIGEOF-RJ) na avaliação do RADARSAT-1 e de produtos integrados de radar (ERS-1, JERS-1 e RADARSAT-1) com dados aerogeofísicos (gama e mag do PGBC) em mapeamento geológico de ambiente tropical chuvoso (Serra dos Carajás) dentro do Programa de Levantamentos Geológicos Básicos (PGBC). (b) Internacional
|
| No presente, o INPE apoia diretamente as atividades do Centro Estadual de Pesquisas em Sensoriamento Remoto e Meteorologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul que já possui um programa de pós-graduação ao nível de mestrado nesse campo do conhecimento. Nesse apoio é fundamental a participação de membros do Núcleo no oferecimento de disciplinas regulares do curso no Rio Grande do Sul.
No passado houve um esforço grande de implementação do plano de Laboratórios Associados de Sensoriamento Remoto no país que resultou em dezenas de laboratórios implantados em diversas Universidades e agências do governo federal e estadual. Em adição, membros do Núcleo ministram disciplinas regulares e orientam alunos em Sensoriamento Remoto em várias universidades (IGUSP, CEAPLA-UNESP, UNIVAP, UFPR, CRHEA/UFSCarlos, UFPa, etc.). Espera-se com a implementação do Núcleo que estas atividades sejam fortalecidas e ampliadas nas diferentes regiões do país. |
PLANO de METAS
A.1 Comportamento Espectral de Alvos Naturais.
A.1.1 Obtenção de Biblioteca do Comportamento
Espectral dos Materiais Geológicos
Imagens Visible/InfraRed Imaging Spectrometer"
(AVIRIS), com 224 canais, foram adquiridas no final do ano passado
em algumas áreas situadas a N-NW de Brasília. A
missão fez parte do projeto SCAR-B, envolvendo cientistas
e instituições de diversos países. Com base
neste conjunto de imagens, pretende-se neste período de
quatro anos:
| Trimestre/Atividade | 01 | 02 | 03 | 04 | 05 | 06 | 07 | 08 | 09 | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 |
| 1 | x | x | x | x | ||||||||||||
| 2 | x | x | x | x | x | x | ||||||||||
| 3 | x | x | x | x | x | x | ||||||||||
| 4 | x | x | x | x | x | x | x |
Atividades:
Cronograma Físico das Atividades
| Trimestre/Atividade | 01 | 02 | 03 | 04 | 05 | 06 | 07 | 08 | 09 | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 |
| 1 | x | x | x | |||||||||||||
| 2 | x | x | x | x | ||||||||||||
| 3 | x | x | x | x | x | |||||||||||
| 4 | x | x | x | x | x | |||||||||||
| 5 | x | x | x |
A.2 Estudo de Sensores Hiperespectrais.
A.2.1 Sensoriamento Remoto Hiperespectral para Aplicações
Geológicas
Atividades:
1.Compor bibliotecas espectrais que possam servir como base, especialmente, para eventuais aplicações de sensoriamento remoto hiperespectral em nossos diferentes ambientes geológicos (dez 97/dez 98).
2.Investigar a utilização potencial destes dados para aplicações não-convencionais de sensoriamento remoto, como por exemplo, o uso da reflectância para estudos estratigráficos, ou para estimativas de óxidos de ferro e matéria orgânica em solos através de índices espectrais.
3.Tentar viabilizar a ampliação da faixa espectral
de coleta de dados do visível e infravermelho próximo
(400-2500 nm) para o termal (8000-12000 nm), através da
obtenção de curvas ou dados de emissividade espectral
dos materiais. Isto é importante, devido a tendência
de melhoria na resolução espectral dos sensores
que operam na faixa do termal (p. ex., TIMS) e a sua incorporação
nos programas orbitais de sensoriamento remoto.
| Trimestre/Atividade | 01 | 02 | 03 | 04 | 05 | 06 | 07 | 08 | 09 | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 |
| 1 | x | x | x | x | ||||||||||||
| 2 | x | x | x | x | x | x | ||||||||||
| 3 | x | x | x | x | x | x |
A.3 Avaliação de Metodologias com
Imagens SAR
A.3.1. Avaliação Geológica de Dados do
SIR-C/X- SAR em Ambiente Tropical Semi-Árido.
Atividades e Cronograma Físico.
Trimestre
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16
Atividades
1-Aquisição de dados X X
2-Correção de dados X X X
3- Análise dados SAR X X X X
4-Campo 1 (rugosidade) X
5-Interpretação SAR X X X
6-Conclusão (fase I) X X X X
7- Integração SAR/TM X X X X X
8-Campo 2 (geobotânica sazonal) X X
9- Interpretação X X X X X
10- Conclusão (fase II) X X
11- Publicação
X
X
A.3.2 Avaliação Geológica de dados Radarsat-1
em Ambiente Tropical Úmido
Atividades e cronograma físico.
Trimestre (03 anos)
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12
Atividades
01- Aquisição dos dados X X
02- Análise Tectônica
(Modo ScanSAR) X X X X X
03-Fotointerpretação
(Mono e Estéreo/Standard) X X X X X
04-Análise Lineamentos
(Modo Standard) X X X X X
05- Correção radiométrica X X X X
06- Correção geométrica X X X X
07- Fusão SAR/TM X X X
08- Fusão SAR/Geofísica X X X X X
09-Classificação Temática X X X X X
10. Fases de Campo X X X
11. Integração X X X X X X X
12. Conclusões X X X X X X X X
13. Publicações
X X
X
A.3.3 -Avaliação de dados RADARSAT/JERS-1 no
estudo do impacto ambiental da construção de reservatórios.
Atividades:
1 - Aquisição de Imagens e Dados de Campo.
2 - Processamento de Dados de Sensoriamento Remoto.
3 - Processamento de Dados de Campo.
4 - Análise Integrada dos dados de campo e de sensoriamento remoto.
5 - Relatórios.
Cronograma Físico das Atividades
| Trimestre/Atividade | 01 | 02 | 03 | 04 | 05 | 06 | 07 | 08 | 09 | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 |
| 1 | x | x | ||||||||||||||
| 2 | x | x | x | x | ||||||||||||
| 3 | x | x | x | x | x | x | ||||||||||
| 4 | x | x | x | x | x | x | x | |||||||||
| 5 | x | x | x | x |
A.3.4 Avaliação de umidade de solos a partir
de imagens SIR-C/X-SAR.
Atividades:
1. Digitalização dos perfís de microtopografia e cálculo da rugosidade.
2. Implementação de modelos de espalhamento de superfície em linguagem IDL.
3. Inversão de imagens banda L em duas polarizações para estimativa da constante dielétrica e da rugosidade do solo.
4. Comparação com a verdade terrestre e avaliação.
Cronograma:
| Atividades | ||||
| 1 | ||||
| 2 | ||||
| 3 | ||||
| 4 | ||||
A.4 Modelagem Ambiental e Integração
de Dados.
A.4.1 Uso de Técnicas de Integração de
dados Digitais Multifonte Visando a Definição de
Áreas Potenciais para Ouro e Metais Base no Greenstone
belt de Mundo Novo-BA
Atividades:
1. Aquisição de material (imagens, dados geofísicos, geoquímicos, etc.)
2. Pré-processamentos e processamentos preliminares de imagens e dados prévios
3. Preparação de um banco de dados digitais e atualizações
4. Processamentos e interpretações de dados
5. Verificações de campo e coleta de dados "in situ"
6. Processamentos e análises integradas
7. Relatórios de pesquisas e "papers" em anais
de congressos e revistas especializadas
Cronograma Físico das Atividades
| 1 | ||||||||||||
| 2 | ||||||||||||
| 3 | ||||||||||||
| 4 | ||||||||||||
| 5 | ||||||||||||
| 6 | ||||||||||||
| 7 | === | |||||||||||
A.4.2 Análise de Imagens Multisensor Integradas com
Dados de Campo na Discriminação Espectral de Áreas
de Microexudação de Hidrocarbonetos, Bacia de Tucano
Norte.
Atividades:
1. Aquisição de material (imagens, dados geofísicos, geoquímicos, etc.)
2. Pré-processamentos de imagens e dados prévios
3. Preparação de um banco de dados digitais e atualizações
4. Processamentos e interpretações de dados
5.Verificações de campo e coleta de dados "in situ"
6. Processamentos e análises integradas
7. Relatórios de pesquisas e "papers" em anais
de congressos e revistas especializadas.
Cronograma Físico das Atividades
| 1 | ||||||||||||
| 2 | ||||||||||||
| 3 | ||||||||||||
| 4 | ||||||||||||
| 5 | ||||||||||||
| 6 | ||||||||||||
| 7 | ||||||||||||
A.4.3 Modelagens para apoio a estudos agrícolas (conservação
de solos em microbacias hidrográficas, adequação
de uso do solo e manejo de produção)
Atividades:
Cronograma físico de atividades
trimestre 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16
1 ---------------------
2 ----------------
3 ---------------------
4 --------------------
A.4.4 - Metodologia para mapeamento de vegetação
para conservação da biodiversidade em nível
de paisagem.
Atividades:
Cronograma Físico:
A.5 Monitoramento de ecosistemas da Amazônia.
A.5.1 Caracterização do processo de dinâmica de cobertura e uso da terra
Atividades:
1. Classificação das imagens.
2. Levantamentos de campo.
3. Análise da dinâmica de ocupação
da terra e caracterização do estágio de regeneração
das áreas abandonadas.
Cronograma:
| Ativ | |||||||||||||||||
| 1 | |||||||||||||||||
| 2 | |||||||||||||||||
| 3 | |||||||||||||||||
A.5.2 Caracterização dos estoques de carbono em áreas de vegetação secundária
Atividades:
1. Seleção de áreas de estudo.
2. Levantamentos de campo.
3. Compilação de dados e estimativa da biomassa.
Cronograma:
| Ativ | |||||||||||||||||
| 1 | |||||||||||||||||
| 2 | |||||||||||||||||
| 3 | |||||||||||||||||
A.5.3 Modelagem de balanço de água, fixação de carbono, ciclagem de nutrientes para a Amazônia.
Atividades:
1. Seleção de áreas de estudo
2. Coleta de dados de fluxo de CO2 e H2O (torres do experimento LBA)
3. Adaptação do modelo FOREST-BGC
4. Validação do modelo
5. Simulação do fluxo de carbono
Cronograma.
| Ativ | |||||||||||||||||
| 1 | |||||||||||||||||
| 2 | |||||||||||||||||
| 3 | |||||||||||||||||
| 4 | |||||||||||||||||
| 5 | |||||||||||||||||
A.6 Estatísticas Agrícolas para
Previsão de Safras
A.6.1 Estatísticas Agrícolas.
Atividades:
Cronograma físico das atividades:
trimestre 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16
atividade
1 -------------
2 --------------------
3 -----------------
4 ---------------------------------
5 ---------------------------------
A.7 Oceanografia.
A.7.1 Sensoriamento Remoto dos Oceanos.
Atividades:
1. Atualização de nosso banco de dados de satélites
2. Processamento e estudos preliminares
3. Implantação de equipamentos no oceano
4. Processamentos avançados e papers para Congressos
5. Confecção de capítulos de dois livros para publicação internacional e papers para periódicos internacionais
6. Confecção de propostas de projetos
Cronograma:
T.1 Sistemas e Técnicas de Geoprocessamento
e Processamento de Imagens
T.1.1 Aprimoramento e Difusão da Tecnologia SPRING
Atividades :
Trimestre
Atividade 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16
1 X X X X
2 X X X X
As outras atividades serão realizadas em sincronia com as atividades de pesquisa tecnológica correlatas, distribuidas ao longo do tempo de acordo com a disponibilidade do pessoal envolvido no desenvolvimento e integração de software e prioridades estabelecidas junto aos usuários do SPRING.
T.1.2 Desenvolvimento de Centros de Dados Geográficos
Atividades :
Trimestre
Atividade 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16
1 X X X X
2 X X
3 X X X X X X X X
4 X
X X X X X X X
T.2 Algoritmos e Técnicas de Processamento
de Imagens de Radar
T.2.1 Filtragem e Classificação de Imagens SAR
Atividades :
Trimestre
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16
Atividades
1 X
2 X X
3 X
4 X X X X
5 X X X
6
X X
T.2.2 Análise Estatística de Imagens SAR
Atividades:
1. Modelagem estatistica de dados SAR
2. Inferência dos parâmetros dos modelos não Gaussianos univariados
3. Modelos para distribuições multivariadas
4. Inferência dos parâmetros dos modelos não Gaussianos multivariados
5. Comparação de diferentes segmentadores para imagens SAR
6. Desenvolvimento de classificadores para imagens SAR
7. Desenvolvimento de ferramentas de análise descritiva gráfica para dados SAR
8. Disseminação de resultados e elaboração
de relatórios: esta atividade coincidirá com o término
das atividades acima discriminadas.
Trimestre
Atividade 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13
14 15 16
1 X X X X X X X X
2 X X X X
3 X X X X X X X X
4 X X X X X X X X
5 X X X X X X X X
6 X X X X X X X X
7 X X X X X X X X
8 X X X X X X
X X
T.2.3 Desenvolvimento de Metodologias para Extração
de Informação de Imagens Orbitais
T.2.3.1. Extração de atributos de textura de
imagens de Sensoriamento Remoto por método determinístico
Atividades :
Trimeste 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16
Atividade
1 X X
2 X X
3 X X X
4 X X X
5 X X X
6 X X X X X X X X X X
T.2.3.2. Extração de atributos de textura de
imagens de Sensoriamento Remoto por método estatístico:
uso de modelos autorregressivos bidimensionais
Atividades :
1 Construção de modelos 2D por concatenação.
2 Programação de estimativa de máxima verossimilhança.
3 Testes de simulação de texturas de sensoriamento remoto e em escala humana.
4 Publicacao de primeiros resultados de simulacao.
5 Metodos de classificacao usando modelos AR2D reais.
6 Publicação em Revista (submissão).
Trimeste 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16
Atividade
1 X X X
2 X X X X X
3 X X X X
4 X X X
5 X X X X X X X X
6 X X X X X
T.2.3.3. Extração de informação
de imagens de radar polarimétricas
Atividades :
1 Confecção dos programas de extração e seleção de atributos.
Métodos: correlação cruzada e autocorrelação complexas, e outros.
2 Metodos de classificacao usando paralelismo Area Bebedouro, PE
3 Metodos de classificacao usando teoria complexa para os dados.
4 Confecção de artigo e submissão para revista internacionais.
5 Teste do metodo em outras areas na Amazonia.
6 Publicacao de relatorios em revistas
Trimeste 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16
Atividade
1 X X X X X X X X X
2 X X X X X X
3 X X X X X
4 X X X
5 X X X X X X X X
6 X X X X X
T.2.3.4. Experimentos em interferometria radar (INSAR).
Atividades :
1 Estudo de métodos de filtragem não linear para redução do ruído do interferograma.
2 Publicação dos resultados em revista.
3 Teste da metodologia em diversas áreas do Brasil.
4 Consecução das imagens para obtenção do interferograma.
5 Obtenção dos modelos de elevação por INSAR e comparação com modelos já existentes.
6 Publicação dos resultados em revistas internacionais.
7 Estudos de interferometria de 1 so' passo.
Trimeste 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16
Atividade
1 X X X X X X
2 X X X
3 X X X X X
4 X X X
5 X X X X X X
6 X X X X X X X X
7 X X X X X X X X X
T.3 Classificação e Segmentação
de Imagens Ópticas
T.3.1 Técnica de Fusão de Imagens Multiespectrais
Atividades :
1 Desenvolvimento teórico do processo de interpolação: 8/96 a 11/96
2 Implementação do processo de interpolação: 12/96 a 3/97
3 Implementação do processo de registro das imagens: 4/97 a 5/97
4 Desenvolvimento teórico do processo de síntese de imagens: 6/97 a 9/97
5 Implementação do processo de síntese e testes finais: 10/97 a 2/98
6 Elaboração do documento final: 3/98 a 7/98
Trimestre 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16
Atividades
1
2 X
3 X
4 X X
5 X X
6
X X X
T.3.2 Registro Automático e Semi-Automático de Imagens de Sensoriamento Remoto
Atividades :
Trimestre 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16
Atividades
1 X X X X
2 X X X X X X
3 X X X X X X X X
4 X
X X X
T.4 Aplicações de Morfologia Matemática
em Sensoriamento Remoto
T.4.1 Banco de Exemplos de ilustrando o uso de Morfologia Matemática
em Sensoriamento Remoto
Atividades :
Trimestre
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16
Atividades
1 X X X X
2 X X X X
3 X X X X
4 X X X X
5 X X X X X X X X X X X X X X
6 X X X X X
X X X
T.4.2 Ferramentas para Projeto Automático de Operadores
e Filtros
Atividades :
1 Estudo teórico sobre a decomposição dos operadores entre imagens em níveis de cinza.
2 Desenvolvimento teórico do protótipo 1 para o projeto de operadores, com uso de algoritmos genéticos, a partir de pares entrada/saida.
3 Implementação do protótipo 1.
4 Apresentação da preliminar da tese de doutorado.
5 Desenvolvimento teórico do protótipo 2.
6 Implementação do protótipo 2.
7 Apresentação da final da tese de doutorado.
8 Elaboração de um artigo sintetizando o trabalho desenvolvido na tese.
9 Implementação de um shell básico de sistema especialista nebuloso no Khoros para o projeto de operadores a partir de regras.
10 Criação de sistema especialista nebuloso para classificacao de imagens de Sensoriamento Remoto.
11 Aperfeiçoamento do shell para a criação de sistemas especialistas nebulosos; relatorio de toda atividade desenvolvida.
12 Publicação de um artigo a nível nacional
e um artigo a nível internacional.
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16
Atividades
1 X X X X
2 X
3 X
4 X
5 X X
6 X X X
7 X
8 X
9 X X X X
10 X X X X X X
11 X X X X X X
12 X
X X X X X
T.5 Processamento Paralelo em Processamento de
Imagens
T.5.1 Processamento Paralelo de Imagens Digitais de Sensoriamento
Remoto em Máquina Paralela Implementada com DSPs
Atividades :
Trimestre
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16
Atividades
1 X X X X
2 X X X X
3 X X X X
4 X X X X X X
T.5.2 Paralelização de Algoritmos de Segmentação
usados em em Sensoriamento Remoto
Atividades :
Trimestre
Atividade 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16
1 X X X
2 X X X
3 X X X X
4 X X X X X
5 X X X X X X
6 X X X X
7 X X X X X
8 X X X X X X X X
X X X X X